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Entrada de ilegais na Europa aumenta em mais de 80%

O principal motivo são os conflitos nos países muçulmanos

Refugiados chegam a Lampedusa, no sul da Itália: este foi o principal destino de imigrantes ilegais no primeiro semestre deste ano (Marco Di Lauro/Getty Images)

Refugiados chegam a Lampedusa, no sul da Itália: este foi o principal destino de imigrantes ilegais no primeiro semestre deste ano (Marco Di Lauro/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2011 às 07h37.

Brasília – As manifestações nos países muçulmanos, atribuídas à Primavera Árabe, estimularam o aumento da imigração ilegal para a Europa em 80%, segundo a Agência de Gestão e Coordenação dos Estados da União Europeia para a Segurança de Fronteiras (Frontex). O principal destino, no primeiro semestre deste ano, foi a Ilha de Lampedusa, no Mar Mediterrâneo, no extremo sul da Itália.

O diretor executivo da Frontex, Gil Árias Fernandes, disse que as autoridades europeias também registraram aumento de ilegais oriundos do Norte de África, nas fronteiras da Grécia e de Malta. Os que mais procuraram abrigo na Europa foram os cidadãos da Tunísia, do Afeganistão, da Nigéria e do Paquistão.

Somente nos primeiros meses de 2011, 50 mil imigrantes ilegais desembarcaram na Ilha de Lampedusa, número considerado recorde para a Frontex. A agência informou que o movimento dos imigrantes é irregular e influenciado pelo agravamento dos protestos e da violência nos países muçulmanos.

Árias Fernandes disse ainda que existem de 2 milhões a 3,8 milhões de pessoas em situação irregular na Europa. Segundo ele, mais da metade são cidadãos estrangeiros que entraram regularmente no espaço europeu, mas cujos vistos de permanência já expiraram.

No começo deste ano, as autoridades italianas intensificaram o controle em relação ao ingresso de estrangeiros no país. A medida foi tomada para evitar a entrada de imigrantes ilegais, principalmente os oriundos dos países muçulmamos, tentando escapar dos conflitos. A decisão foi criticada por parte da comunidade internacional, mas mantida. Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.

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