Mundo

Entidades dos EUA afirmam que Hezbollah lava dinheiro no Brasil

Crise na Venezuela e inflação na Argentina, junto com a corrupção na região e fiscalização negligente, estariam ajudando a impulsionar economia ilícita

Hezbollah: grupo estaria formando um miniestado de lavagem de dinheiro na triplica fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai (AFP/AFP)

Hezbollah: grupo estaria formando um miniestado de lavagem de dinheiro na triplica fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai (AFP/AFP)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de maio de 2018 às 19h13.

Washington - A milícia libanesa Hezbollah, designada pelos Estados Unidos como um grupo terrorista, está formando um miniestado de lavagem de dinheiro na triplica fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai que representa um risco cada vez maior à segurança nacional americana, afirma um relatório publicado pela consultoria Asymmetrica e pela ONG Counter Extremism Project.

De acordo com a análise, a crise na Venezuela e a inflação na Argentina, junto com a corrupção enraizada na região e a fiscalização negligente, estão ajudando a impulsionar uma economia ilícita estimada em US$ 43 bilhões por ano.

A facilidade para lavar recursos obtidos ilegalmente, o mercado negro de cigarros, o narcotráfico, o tráfico de pessoas e as vendas ilegais de armas atraíram organizações criminosas de todo o globo para a região, pontua o relatório. Entre as localidades citadas no estudo estão Foz do Iguaçu e a paraguaia Ciudad del Este.

"(A área da tríplice fronteira) tornou-se um epicentro, ou um shopping, de todos os bens e dinheiro ilícitos que você precisa para financiar suas operações", diz Stuart Page, um dos autores do relatório. (Associated Press)

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)HezbollahLavagem de dinheiro

Mais de Mundo

Guerra ou acordo comercial? Gestos de Trump indicam espaço para negociar com China, diz especialista

Novo incêndio florestal provoca ordens de evacuação na região de Los Angeles

Trump enviará 1.500 soldados adicionais para a fronteira dos EUA com o México

EUA ordena que promotores processem autoridades que se recusem a aplicar novas políticas migratórias