A Nakba (catástrofe), o exílio e a usurpação de suas terras são lembradas pelos palestinos hoje com passeatas e manifestações (Jack Guez/AFP)
Da Redação
Publicado em 15 de maio de 2015 às 11h44.
Jerusalém/Gaza - Enfrentamentos ocorridos na noite de quinta-feira com as forças israelenses durante um dia de comemoração palestina de Nakba, que lembra seu exílio e usurpação após a criação em 1948 do Estado de Israel, terminou com 20 palestinos feridos.
Na Faixa de Gaza, três jovens palestinos foram atingidos por balas durante as manifestações quando se dirigiam à divisa com Israel, informou à Agência Efe o porta-voz do Ministério da Saúde na Faixa, Ashraf al Qidra, que disse que trata-se de ferimentos leves.
Segundo explicou à Efe uma porta-voz do Exército israelense, havia "em torno de cem manifestantes, dos quais cinco se aproximaram da cerca. As forças fizeram disparos de advertência e depois contra a parte baixa de seus corpos".
Na cidade de Nablus, no norte da Cisjordânia, outros 21 manifestantes foram feridos durante a madrugada em um enfrentamento com forças israelenses após uma visita de um grupo de israelenses ao túmulo de José.
Segundo a agência de notícias palestina "Ma'an", pelo menos 30 veículos militares israelenses entraram na cidade na noite de terça-feira para proteger a visita de cerca de 1,5 mil israelenses.
À visita seguiram enfrentamentos com jovens palestinos que lançaram pedras e garrafas nos soldados, que responderam com disparos, gás lacrimogêneo, bombas de efeito moral e balas de aço cobertas de plástico.
A porta-voz do exército israelense explicou que "cerca de três mil visitantes foram ontem à noite ao túmulo de José rezar, e 200 manifestantes palestinos atiraram pedras, garrafas vazias e pneus ardendo contra as forças de segurança, que responderam com meios de dispersão".
A militar acrescentou que também foram registradas pequenas manifestações, com cerca de 30 participantes, em diferentes pontos da Cisjordânia, que transcorreram sem problemas.
Os palestinos lembram hoje o 67° aniversário de seu exílio após a criação do Estado de Israel.
No ano passado, dois palestinos morreram por fogo israelense perto da prisão de Ofer, nos arredores de Ramala, durante a mesma comemoração.