Washington - A primeira enfermeira norte-americana diagnosticada com o ebola, Nina Pham, foi declarada curada por médicos do Instituto Nacional de Saúde nesta sexta-feira, 24.
Autoridades divulgaram uma declaração informando que a profissional de saúde está sendo liberada hoje do hospital em que recebeu tratamento, nos arredores de Washington.
Nina Pham participou de uma coletiva de imprensa durante a tarde e falou rapidamente.
Em seu discurso, a enfermeira disse que se sente "feliz e abençoada em estar ali", pediu por privacidade nos próximos dias e agradeceu aos profissionais de saúde que participaram do seu tratamento.
A enfermeira de 26 anos chegou ao centro clínico NIH na semana passada para continuar a luta contra o ebola, iniciada no hospital em que trabalhava em Dallas, Texas.
Ela é uma das duas enfermeiras que foram infectadas pelo vírus enquanto tratavam de Thomas Eric Duncan, da Libéria, que morreu no dia 8 de outubro.
O diretor do instituto, Anthony Fauci, também falou à imprensa. Ele disse que Nina realizou cinco testes para verificar se ainda possuía o vírus ebola e todos eles tiveram resultado negativo.
O tratamento foi realizado sem que fossem testadas drogas experimentais.
Fauci ainda declarou que novas medidas de quarentena, mais restritivas, estão sendo consideradas para os indivíduos que foram expostos ao ebola.
Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.
-
1. Milhares de vítimas
zoom_out_map
1/15 (John Moore/Getty Images)
O vírus ebola tem um índice de mortalidade de 70%. Ao lado da tragédia, o fotógrafo John Moore decidiu retratar os raros sobreviventes da doença na Libéria, o país mais afetado pela epidemia. Na foto, Jeremra Cooper, 16, enxuga o rosto do calor, enquanto espera na seção de baixo risco dos Médicos Sem Fronteiras (MSF), em Paynesville, Libéria. O aluno da 8 ª série disse que perdeu seis familiares para a epidemia de Ebola antes de ficar doente e de ser enviado para o centro dos MSF, onde ele se recuperou após um mês.
-
2. Mohammed Wah, 23
zoom_out_map
2/15 (John Moore/Getty Images)
O trabalhador da construção civil diz que o Ebola matou cinco membros de sua família e que ele acha que contraiu a doença enquanto cuidava de seu sobrinho.
-
3. Varney Taylor, 26
zoom_out_map
3/15 (John Moore/Getty Images)
Perdeu três membros da família para a doença e acredita que contraiu Ebola enquanto carregava o corpo de sua tia após a morte dela.
-
4. Benetha Coleman, 24
zoom_out_map
4/15 (John Moore/Getty Images)
Seu marido e dois filhos morreram em decorrência da doença.
-
5. Victoria Masah, 28
zoom_out_map
5/15 (John Moore/Getty Images)
Seu marido e dois filhos morreram por causa do ebola.
-
6. Eric Forkpa, 23
zoom_out_map
6/15 (John Moore/Getty Images)
O estudante de engenharia civil, disse que acha que pegou ebola enquanto cuidava de seu tio doente. Ele passou 18 dias no centro dos MSF se recuperando do vírus.
-
7. Emanuel Jolo, 19
zoom_out_map
7/15 (John Moore/Getty Images)
O estudante do ensino médio perdeu seis membros da família e acredita que contraiu a doença enquanto lavava o corpo de seu pai, que morreu de Ebola.
-
8. James Mulbah, 2
zoom_out_map
8/15 (John Moore/Getty Images)
O garotinho posa para a foto enquanto é segurado pela mãe, que também se recuperou do ebola.
-
9. John Massani, 27
zoom_out_map
9/15 (John Moore/Getty Images)
Trabalhador da construção civil, ele acredita que pegou a doença enquanto carregava o corpo de um parente. Ele perdeu seis familiares por causa do ebola.
-
10. Mohammed Bah, 39
zoom_out_map
10/15 (John Moore/Getty Images)
Bah, que trabalha como motorista, perdeu a mulher, a mãe, o pai e a irmã para o ebola.
-
11. Vavila Godoa, 43
zoom_out_map
11/15 (John Moore/Getty Images)
O alfaiate diz que o estigma de ter tido Ebola é algo difícil. Ele perdeu todos os seus clientes devido ao medo. "Eles não vêm mais", afirma. Ele acredita que pegou Ebola enquanto cuidava de sua esposa doente.
-
12. Ami Subah, 39
zoom_out_map
12/15 (John Moore/Getty Images)
Subah, uma parteira, acha que pegou ebola quando fez o parto de um bebé de uma mãe doente. O menino, segundo ela, sobreviveu, mas a mãe morreu. Ela diz que não teve trabalho desde sua recuperação, devido ao estigma de ter tido Ebola. "Não me deixam nem tirar água do poço comunitário", afirma.
-
13. Peters Roberts, 22
zoom_out_map
13/15 (John Moore/Getty Images)
O aluno do 11º ano perdeu uma irmã, o tio e um primo para o Ebola. Ele acredita que contraiu a doença enquanto cuidava de seu tio.
-
14. Anthony Naileh, 46, e Bendu Naileh, 34
zoom_out_map
14/15 (John Moore/Getty Images)
Anthony disse que é um estenógrafo no Senado liberiano e planeja voltar a trabalhar na sessão de janeiro. Bendu, uma enfermeira, acha que pegou ebola após colocar as mãos em posição de oração ao rezar por um sobrinho que tinha a doença. Em seguida, ela adoeceu e seu marido cuidou dela.
-
15. Moses Lansanah, 30
zoom_out_map
15/15 (John Moore/Getty Images)
O trabalhador da construção civil perdeu sua noiva Amifete, com então 22 anos, que estava grávida de 9 meses do seu filho.