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Empresas ocidentais suspendem operações no Egito

Eletrolux é uma das companhias que suspenderam a produção no país


	Soldados durante conflitos no Egito: mais de 500 pessoas foram mortas
 (Asmaa Waguih/Reuters)

Soldados durante conflitos no Egito: mais de 500 pessoas foram mortas (Asmaa Waguih/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2013 às 13h26.

Nova York - As companhias ocidentais que possuem operações no Egito disseram que estão operando sob prontidão e algumas fecharam escritórios e unidades de produção hoje em meio à repressão militar no país, que deixou mais de 500 mortos.

A fabricante de aparelhos eletrodomésticos Electrolux disse que suspendeu a produção de suas operações no Egito, citando o estado de emergência nacional que já dura um mês declarado pelo presidente interino do Egito, Adly Mansour, à medida que o regime militar egípcio tentou reprimir os protestos em uma incursão ontem.

Após ter comprado o Olympic Group, principal fabricante de aparelhos eletrodomésticos no Egito, em 2011, a companhia sueca tem cerca de 10 fábricas localizadas nas proximidades do Cairo que fazem máquinas de lavar, geladeiras e outros equipamentos. A grande maioria dos 6.800 funcionários da Electrolux no Egito é composta por moradores locais. Com o surgimento da renovada violência no Egito em julho, a Electrolux retirou temporariamente seus funcionários expatriados do país. Os funcionários retornaram ao Egito após uma semana e a companhia disse que está monitorando agora a situação para seus empregados.

A fabricante de cerveja holandesa Heineken, que opera no Egito sob a subsidiária Al Ahram Beverages, ou ABC, disse que sua principal fábrica no Cairo está operando com capacidade limitada. O escritório principal da unidade foi fechado em meio à violência e os funcionários foram aconselhados a ficarem em casa até que a situação se torne mais clara.


A provedora de rede móveis sueca Ericsson, que fornece equipamentos de telecomunicações para a Vodafone Egypt e para a Etisalat Egypt, entre outras, disse que impôs restrições de viagens para seus 700 funcionários no Egito, dos quais 60 são expatriados.

A empresa anglo-holandesa Royal Dutch Shell afirmou que fechou seus escritórios no Egito nesta semana e restringiu as viagens de negócios no país para garantir a segurança de seus funcionários. A Shell tem várias joint venture e negócios no Egito, incluindo participações nas concessões de petróleo e de produção de gás e concessões de exploração no deserto ocidental e no Delta do Nilo.

A General Motors disse que suspendeu a produção e fechou uma unidade de montagem fora do Cairo, devido à violência. A montadora emprega mais de 1.400 pessoas no país.

A fornecedora alemã Leoni, que faz conjuntos de cabos e sistemas elétricos para a indústria automobilística, diz que suas operações no Egito foram afetadas. A empresa emprega 3,7 mil funcionários no Cairo e reduziu o número de turno de três para dois para cumprir o toque de recolher da cidade, mas também o transporte foi interrompido e os empregados do porto não estão acessíveis. "A situação tem consequências para nós, mas felizmente não são graves consequências", disse um porta-voz da companhia.

Com muitas empresas no Egito agora enfrentando obstáculos após a destituição do presidente Mohammed Mursi no início de julho, a economia já frágil do Egito deverá ser afetada. A Capital Economics, uma consultoria de pesquisa econômica com sede em Londres, disse que a economia egípcia parece ter diminuído nos últimos meses e o impacto da recente turbulência significa que o terceiro trimestre pode ser ainda mais fraco. "O crescimento é lento, o desemprego é alto e o déficit fiscal está cada vez maior", disse a empresa de pesquisa em um relatório. Fonte: Dow Jones Newswires.

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