Além da Eletrobras, as empresas privadas Orteng Energia, Isolux e Cteep também venceram o leilão (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 2 de setembro de 2011 às 13h33.
São Paulo - As empresas do grupo Eletrobras foram as grandes vencedoras do leilão de transmissão de energia desta sexta-feira, promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
As subsidiárias da estatal estiveram entre as vencedoras em 9 dos 12 lotes licitados.
Já entre as empresas privadas vencedoras do certame estão Orteng Energia, Isolux e Cteep, que apresentaram deságios variaram entre 13 por cento a mais de 40 por cento.
A Eletronorte, da Eletrobras, deu o único lance pelo lote A, por meio do Consórcio Boa Vista, formado com a Alupar, sem deságio ante Receita Anual Permitida (RAP) máxima de 121,128 milhões de reais estabelecida pela Aneel. O lote conectará Boa Vista (RR) ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
A Eletronorte ainda arrematou, sozinha, os lotes B e C, com deságios de 44,08 por cento e 45,07 por cento, respectivamente.
Já Furnas, também da estatal, levou o lote D, com deságio de 6,65 por cento. O lote D corresponde a linha de transmissão em Goiás.
A Eletrosul e a Copel venceram a disputa pelo lote E, por meio do Consórcio Costa Oeste, com deságio de 3,13 por cento. A subsidiária da Eletrobras tem 49 por cento no consórcio e a estatal paranaense tem 51 por cento.
A Chesf, grande vencedora do primeiro leilão de transmissão ocorrido neste ano, venceu sozinha a disputa pelos lotes G, H e I do leilão, sendo que nos dois primeiros foi a única a apresentar propostas e não houve deságio.
Além disso, a Chesf venceu o lote L, em parceria com a Cteep, no Consórcio Garanhuns, no qual tem participação de 49 por cento. Com um deságio de 38,07 por cento, as companhias construirão quatro linhas de transmissão que somam 666 quilômetros e duas subestações na Paraíba e Pernambuco.
Empresas privadas
A Orteng Energia conquistou a concessão do lote F --uma linha de transmissão de 24 quilômetros e uma subestação em Minas Gerais--, ao apresentar um deságio de 13,03 por cento.
Já a Isolux Energia e Participações, do grupo espanhol que anunciou a transferência da sede de uma de suas subsidiárias para o Brasil em agosto, levou o lote J, com deságio de 43,99 por cento. O lote é composto por uma linha de transmissão e duas subestações em São Paulo e no Rio de Janeiro.
A Cteep, por sua vez, arrematou o lote K com um deságio de 48,99 por cento em relação à RAP máxima. O lote é composto por uma subestação de transmissão de energia no interior paulista.