Agência
Publicado em 28 de março de 2024 às 12h06.
Fabricantes chineses de equipamentos de ar-condicionado estão intensificando seus esforços de branding e transferindo parte de sua produção para o Sudeste Asiático, buscando evitar tarifas mais elevadas e manter suas fatias de mercado em meio ao desaquecimento do crescimento doméstico.
Empresas chinesas estão investindo na construção de suas marcas no exterior e ajustando os preços de seus produtos ao transferir fábricas para países como Tailândia e Indonésia, evitando assim tarifas mais altas sobre produtos feitos na China em mercados-chave como os Estados Unidos.
Segundo dados do ChinaIOL.Com, instituto de pesquisa focado em eletrodomésticos, as exportações totais de condicionadores de ar para residências da China aumentaram 8% para 66,2 milhões no último ano, mas as exportações para a América do Norte caíram 25% em relação a 2022, devido a níveis elevados de estoque, demanda insuficiente e tensões comerciais.
A Tailândia emergiu como um importante centro de produção para equipamentos de ar-condicionado, com sua capacidade aumentando significativamente para 20,8 milhões de unidades no ano passado, ante 13,1 milhões em 2019.
Empresas como Haier e Midea estabeleceram fábricas na Tailândia, visando atender não apenas à demanda local, mas também ao mercado norte-americano, maior consumidor de unidades de ar-condicionado.
Além disso, as empresas chinesas estão mirando a Indonésia como outro polo de produção. A TCL iniciou a operação de sua fábrica no país em 2020, enquanto a Haier expandiu suas operações para incluir a produção de unidades de ar-condicionado. Midea também planeja estabelecer capacidade de produção na Indonésia nos próximos trimestres.
Apesar da mudança na produção para o Sudeste Asiático, a China continua a ser o principal centro de produção global de unidades de ar-condicionado, devido ao fornecimento de mão de obra e a uma cadeia de suprimentos estável.
Empresas chinesas como Gree Electric Appliances, Haier, Midea e Hisense estão investindo em feiras comerciais nos Estados Unidos e focando em construir suas próprias marcas para garantir uma parcela significativa do mercado norte-americano.
Como o crescimento doméstico desacelera, as marcas chinesas de eletrodomésticos estão expandindo seus investimentos no exterior, concentrando-se na construção de força de marca e produtos, e conquistando uma participação de mercado crescente no mercado internacional.
Tradução: Mei Zhen Li
Fonte: ChinaIOL