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Empresários britânicos fazem apelo a governo para manter influência na UE

Os empresários lembraram que, segundo dados do próprio governo, cerca de três milhões de postos de trabalho britânicos dependem em boa medida das exportações ao mercado europeu

Os empresários destacaram ainda que é do interesse do Reino Unido que o euro sobreviva (Ralph Orlowski/Getty Images)

Os empresários destacaram ainda que é do interesse do Reino Unido que o euro sobreviva (Ralph Orlowski/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de dezembro de 2011 às 06h47.

Londres - Vinte empresários britânicos renomados, entre eles o dono de Virgin, Richard Branson, fizeram um apelo ao governo de David Cameron nesta terça-feira para que mantenha sua influência na União Europeia (UE), com o fim de 'proteger' o mercado único.

Em carta publicada no jornal conservador 'The Daily Telegraph', diretores de empresas como BT, Mike Rake, e a agência de publicidade WPP, Martin Sorrell, além do ex-comissário europeu Leon Brittan pediram ao Executivo para aproveitar todas as oportunidades para voltar a envolver o país no 'processo de tomada de decisões da UE'.

Os empresários lembraram que, segundo dados do próprio governo, cerca de três milhões de postos de trabalho britânicos dependem em boa medida das exportações ao mercado europeu.

'As instituições da UE, desde a Comissão Europeia até os tribunais de Justiça, existem sobretudo para garantir que o mercado único seja equitativo', afirmaram.

'A proteção do mercado único tem que ser o pilar de nosso novo envolvimento com a Europa', reivindicaram os signatários, entre os quais está Stephen Wall, antigo assessor para a Europa do ex-primeiro-ministro do Reino Unido Tony Blair.


Os empresários destacaram ainda que é do interesse do Reino Unido que o euro sobreviva, devido à 'grande importância' do mercado europeu para o país.

A carta destes influentes empresários responde à polêmica decisão do governo de David Cameron de excluir o Reino Unido de um pacto fiscal assinado pelos demais países da UE para solucionar a crise na zona do euro.

A oposição e o empresariado criticaram Cameron por provocar o isolamento de Grã-Bretanha, em uma decisão que também causou atritos com os liberal-democratas, aliados dos conservadores no governo de coalizão. 

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