A justiça americana indiciou 14 dirigentes da Fifa e executivos de empresas de marketing relacionadas com a entidade (Divulgação/Fifa)
Da Redação
Publicado em 18 de junho de 2015 às 10h28.
Os empresários Hugo e Mariano Jinkins, envolvidos no caso de subornos da Fifa denunciado pela justiça dos Estados Unidos e que eram considerados foragidos desde 27 de maio, entregaram-se, informou o portal do ministério da Justiça da Argentina.
Os empresários argentinos, pai e filho, proprietários de uma empresa de marketing esportivo e de direitos de transmissão para TV de torneios de futebol, que tinham o pedido de prisão solicitado com o objetivo de uma extradição para os Estados Unidos, se apresentaram na madrugada desta quinta-feira ao juiz federal Claudio Bonadío, segundo o site Infojus.
Os dois indiciados permanecerão detidos à espera do trâmite de extradição aos Estados Unidos, depois que uma câmara de apelações confirmou na terça-feira a rejeição ao pedido para que os empresários aguardassem o julgamento em liberdade.
Os Jinkins são proprietários da Full Play, uma empresa de marketing e direitos de transmissão, apontada pela justiça americana por pagamentos de subornos a dirigentes da Fifa em troca de contratos milionários.
A Full Play tem os direitos de transmissão para TV das eliminatórias sul-americanas para Copa do Mundo, recordou o portal.
Alejandro Burzaco, outro empresário argentino envolvido no caso, se entregou na terça-feira da semana passada na Itália e aguarda em prisão domiciliar o pedido de extradição aos Estados Unidos.
A justiça americana indiciou 14 dirigentes da Fifa e executivos de empresas de marketing relacionadas com a entidade, acusados de terem recebido 150 milhões de dólares em subornos nas últimas duas décadas.
Os Jinkins eram considerados foragidos desde 27 de maio, quando sete dirigentes da Fifa, incluindo o ex-presidente da CBF José Maria Marin, foram detidos em Zurique, dois dias antes das eleições na entidade internacional, nas quais o suíço Joseph Blatter, de 79 anos, foi reeleito para um quinto mandato, ao qual renunciou quatro dias depois da votação.