Mundo

Empresário colombiano pode ser primeiro estrangeiro prefeito

Franco Amastha, nascido há 51 anos em Barranquilla, é candidato pelo PP, que formou a coalizão "Um novo caminho é possível" com PPS e PCdoB


	Eleitor votando em uma urna eletrônica: naturalizado brasileiro, Franco Amastha lançou sua candidatura neste ano
 (Elza Fiúza/ABr)

Eleitor votando em uma urna eletrônica: naturalizado brasileiro, Franco Amastha lançou sua candidatura neste ano (Elza Fiúza/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2012 às 14h17.

Rio de Janeiro - O empresário colombiano Carlos Franco Amastha pode se tornar o primeiro estrangeiro a ser prefeito de uma capital estadual brasileira se, como indicam algumas pesquisas de intenção de voto, vencer as eleições municipais em Palmas, no Tocantins.

Franco Amastha, nascido há 51 anos em Barranquilla, no litoral atlântico da Colômbia, é candidato pelo PP, que formou a coalizão "Um novo caminho é possível" com PPS e PCdoB.

Se ganhar as eleições do dia 7 de outubro, Franco Amastha governará Palmas, cidade de 242 mil habitantes cuja economia cresce rapidamente graças ao desenvolvimento dos setores agropecuário e de serviços.

"Quero fazer de Palmas um exemplo do que pode ser uma cidade latino-americana. Acho que tenho uma capacidade para fazer em Palmas uma transformação que não poderia em Barranquilla, São Paulo ou Rio de Janeiro, por exemplo", disse hoje à Agência Efe, por telefone, sobre a cidade que pretende dirigir, fundada há apenas 23 anos.

Segundo conta, ele já contatou o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para apresentar projetos para Palmas pois, como considera, "a cidade sempre foi um projeto de política, mas não de gestão".

Naturalizado brasileiro, Franco Amastha lançou sua candidatura neste ano e, nas primeiras pesquisas, tinha 1% das intenções de voto. Nas mais recentes, a menos de duas semanas das eleições, lidera com cerca de 50%.

Franco Amastha conta que chegou ao Brasil há 29 anos como gerente de uma empresa argentina de cursos de inglês e atraído pelo que chama de "sonho tropical" que representava para ele o Rio de Janeiro, tão caloroso como sua natal Barranquilla.


No entanto, a companhia decidiu abrir sua sede em Curitiba, onde se instalou e conheceu a mulher com a qual se casou e tem três filhos. Nos anos 80, quando chegou à capital paranaense, a cidade começava a se destacar como modelo de planejamento urbano e de políticas públicas em transporte coletivo, reciclagem de lixo e preservação do meio ambiente, o que o inspirou para aprender sobre gestão municipal.

"Curitiba mudou minha concepção de cidadania porque nessa época era a grande fábrica de projetos de urbanismo da América Latina. Foi uma lição de vida", acrescentou o candidato favorito a vencer o pleito em Palmas, ainda com sotaque espanhol, apesar de já estar há quase 30 anos no Brasil.

Em 1986, Franco Amastha decidiu criar sua própria empresa de cursos de inglês, e em 1999 foi convidado por um amigo a elaborar um projeto educativo para o estado do Tocantins. Ele então criou um programa de formação telepresencial que o levou a essa região.

O empresário tem investimentos também em shoppings nas cidades de Maringá (PR), Florianópolis (SC) e Palmas.

Sua entrada na política aconteceu neste ano já que, por suas atividades empresariais, costuma participar de reuniões com autoridades e foi por suas ideias progressistas que recebeu o convite para ser candidato a prefeito.

Amastha, que é também cônsul honorário da Colômbia nos estados de Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso e Tocantins, reconhece que, caso seja eleito, terá que renunciar à função consular que abrange um território maior que seu país de origem. 

Acompanhe tudo sobre:América LatinaColômbiaEleiçõesEleições 2012Política no Brasil

Mais de Mundo

Argentina registra décimo mês consecutivo de superávit primário em outubro

Biden e Xi participam da cúpula da Apec em meio à expectativa pela nova era Trump

Scholz fala com Putin após 2 anos e pede que negocie para acabar com a guerra

Zelensky diz que a guerra na Ucrânia 'terminará mais cedo' com Trump na Presidência dos EUA