Companhia de parentes de Alckmin economizou até R$ 4 milhões com fraude na prefeitura (Rafael Cusato/Contigo)
Da Redação
Publicado em 30 de agosto de 2011 às 18h18.
São Paulo - A companhia Wall Street Empreendimentos e Participações Ltda., ligada à familiares da mulher do governador Geraldo Alckmin, Lu Alckmin, é acusada de falsificar documentos para pagar um valor menor na autorização da construção de prédios, afirma a reportagem do jornal Folha de S. Paulo nesta terça-feira. Segundo o texto, a fraude chega a R$ 4 milhões contra a Prefeitura de São Paulo.
A empresa de parentes de Alckmin economizou esse dinheiro na construção no edifício Royal Street, na Avenida Brigadeiro Faria Lima, na zona oeste da cidade. O licenciamento da obra, segundo o jornal, correu na prefeitura entre os anos de 1994 e 1999. Houve uma notificação de ilegalidade com a Polícia Civil em 2000, quando Alckmin era vice-governador.
O irmão de Lu Alckmin, Adhemar Cesar Ribeiro, é procurador da Wall Street. Outros sócios da empresa são Maria Paula Abreu Cesar Ribeiro, mulher de Adhemar, e Othon Cesar Ribeiro. A companhia participou campanha de Geraldo Alckmin para a presidência, em 2006.
O caso foi arquivado na prefeitura de Marta Suplicy, em 2001. O processo foi reaberto na última quinta-feira, quando o corregedor-geral de São Paulo, Edilson Bonfim, recebeu uma denúncia anônima.
A fraude da companhia Wall Street faz parte de um rombo de aproximadamente R$ 50 milhões nos cofres da Prefeitura de São Paulo, envolvendo 23 corporações, ao todo. O esquema da empresa dos parentes de Alckmin envolveu alteração no valor do metro quadrado no carnê do IPTU. Nem a Wall Street e nem o governador responderam às denúncias.
*Matéria atualizada às 18h18.