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"Empoderamento da mulher deve ser prioridade chave", diz Guterres

O chefe da ONU frisou a necessidade de acabar com "barreiras estruturais" que seguem afetando as mulheres e que prejudicam o conjunto da sociedade

António Guterres: "Os homens ainda dominam, inclusive em países que são considerados progressistas, diz ele (Thomas Mukoya/Reuters)

António Guterres: "Os homens ainda dominam, inclusive em países que são considerados progressistas, diz ele (Thomas Mukoya/Reuters)

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EFE

Publicado em 13 de março de 2017 às 13h26.

Nações Unidas - O secretário-geral da ONU, António Guterres, defendeu nesta segunda-feira que o empoderamento da mulher deve ser uma "prioridade chave" no mundo e algo que permitirá criar "um novo futuro".

Em seu discurso na abertura da Comissão sobre a Condição Jurídica e Social da Mulher, a grande reunião anual nas Nações Unidas sobre o tema, o chefe da organização insistiu na necessidade de acabar com "barreiras estruturais" que seguem afetando as mulheres e que prejudicam o conjunto da sociedade.

"Os homens ainda dominam, inclusive em países que são considerados progressistas. O machismo bloqueia as mulheres e isso prejudica a todos", destacou.

Segundo Guterres, aumentar as oportunidades para as mulheres e meninas é "vital para responder a uma injustiça histórica que continua hoje", mas também para conseguir um mundo melhor para todos.

Nesse sentido, defendeu a necessidade de acabar com as desigualdades no mundo laboral, na educação e de oferecer melhores serviços de saúde reprodutiva.

No entanto, o diplomata português lembrou que a realidade é que no mundo todo as mulheres estão sofrendo "novos ataques contra sua segurança e dignidade".

"Os extremistas construíram suas ideologias sobre a subjugação de mulheres e meninas e a negação de seus direitos", lembrou, apontando que a violência sexual, os casamentos forçados e o tráfico de pessoas são hoje "armas de guerra física e psicológica".

Guterres denunciou também que alguns governos estejam implantando leis que limitam as liberdades da mulher, enquanto outros retiram proteções contra a violência doméstica.

"A discriminação contra as mulheres faz soar um claro sinal de alarme sobre a ameaça a nossos valores comuns. Os direitos da mulher são direitos humanos e os ataques contra a mulher são ataques contra todos nós", insistiu.

A Comissão sobre a Condição Jurídica e Social da Mulher se desenvolve desde hoje até 24 de março e conta com a participação de milhares de representantes governamentais e da sociedade civil.

Neste ano, seu eixo central gira em torno ao papel da mulher no novo mundo laboral.

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