Mundo

Emissões de carbono nas florestas diminuíram 25% desde 2001

Diretor-geral da FAO lembrou que o desmatamento e a degradação das florestas aumentam a concentração de gases do efeito estufa na atmosfera


	Diretor-geral da FAO lembrou que o desmatamento e a degradação das florestas aumentam a concentração de gases do efeito estufa na atmosfera
 (Arquivo/Agência Brasil)

Diretor-geral da FAO lembrou que o desmatamento e a degradação das florestas aumentam a concentração de gases do efeito estufa na atmosfera (Arquivo/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de março de 2015 às 14h29.

Roma - As emissões de dióxido de carbono (CO2) nas florestas diminuíram mais de 25% entre 2001 e 2015, em grande parte por conta de uma desaceleração no grau de desmatamento mundial, de acordo com números divulgadas nesta sexta-feira pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

Em um ato na véspera da comemoração do Dia Internacional das Florestas, o diretor-geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva, detalhou que as emissões caíram nesse período de 3,9 a 2,9 gigatoneladas de CO2 por ano.

O desmatamento, que envolve a transformação das florestas em terras para outros usos, foi reduzido de forma "impressionante" em alguns países, segundo Silva, que citou exemplos como Brasil, Chile, China, Filipinas, Coreia do Sul, Turquia e Vietnã.

Frente a este diminuição, as emissões procedentes da degradação da massa florestal por causas naturais ou humanas aumentaram significativamente entre 1990 a 2015 de 0,4 a 1 gigatonelada de dióxido de carbono anual.

O diretor-geral da FAO lembrou que o desmatamento e a degradação das florestas aumentam a concentração de gases do efeito estufa na atmosfera, enquanto o crescimento da massa florestal absorve o CO2, o principal desses gases.

Conforme as novas estimativas, os países desenvolvidos seguem sendo o principal sumidouro de carbono, com uma parcela de 60%, contra 40% restante dos países em desenvolvimento.

Por regiões, África, Ásia, América Latina e o Caribe continuaram emitindo mais carbono do absorvido, embora sua porcentagem de emissões tenha caído desde 1990, sobretudo pela atuação do Brasil nesse sentido.

Enquanto, na Europa e na América do Norte as florestas funcionaram nesse período como sumidouro de carbono líquido, ao haver absorvido mais carbono do que emitiram.

De acordo à FAO, as florestas ocupam um terço da superfície terrestre e proporcionam meios de subsistência para 2,4 bilhões de pessoas.

Acompanhe tudo sobre:DesmatamentoEfeito estufaFlorestas

Mais de Mundo

Mais de 300 migrantes são detidos em 1º dia de operações sob mandato de Trump

Migrantes optam por pedir refúgio ao México após medidas drásticas de Trump

Guerra ou acordo comercial? Gestos de Trump indicam espaço para negociar com China, diz especialista

Novo incêndio florestal provoca ordens de evacuação na região de Los Angeles