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Embaixadora Argentina chama Cameron De "Bobo"

Alicia Castro respondeu o primeiro-ministro por criticar declaração sobre as Ilhas Malvinas feita pelo então arcebispo Jorge Bergoglio


	Papa Francisco: Cameron disse em março que Bergoglio se equivocou ao afirmar em 2012 que a Grã-Bretanha havia "usurpado" as Ilhas Malvinas da Argentina
 (Luca Zennaro/Reuters)

Papa Francisco: Cameron disse em março que Bergoglio se equivocou ao afirmar em 2012 que a Grã-Bretanha havia "usurpado" as Ilhas Malvinas da Argentina (Luca Zennaro/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2013 às 21h15.

Buenos Aires - A embaixadora argentina na Grã-Bretanha, Alicia Castro, chamou nesta terça-feira o primeiro-ministro britânico, David Cameron, de "tonto", "bobo" e "ineficaz" por ter criticado uma declaração sobre as Ilhas Malvinas feita pelo então arcebispo de Buenos Aires Jorge Bergoglio antes de ser eleito papa.

Cameron disse em março que Bergoglio se equivocou ao afirmar em 2012 que a Grã-Bretanha havia "usurpado" as Ilhas Malvinas da Argentina. O primeiro-ministro também afirmou que estava respeitosamente em desacordo com o novo pontífice.

"O primeiro-ministro Cameron foi tonto ... foi suficientemente ineficaz. Quando elegeram Bergoglio papa, e lembro deste momento, claro ... pedi a um funcionário para ver o que Bergoglio havia dito sobre as Malvinas. Cameron fez o mesmo, mas foi tão bobo que divulgou", disse Alicia para uma comissão do Senado argentino.

Alicia, ex-aeromoça e sindicalista nomeada embaixadora na Grã-Bretanha pela presidente Cristina Kirchner, acrescentou que "tivemos a sorte extraordinária de ter um papa argentino (e) malvinero".

Em 2010, Bergoglio também teria dito que as ilhas "são nossas", em alusão aos argentinos.

A Argentina, cujo território continental está 500 quilômetros a oeste das Malvinas, reivindicou a soberania do arquipélago por quase 200 anos e em 1982 manteve uma breve, mas sangrenta, guerra com a Grã-Bretanha, que em 74 dias venceu as forças argentinas.

A Grã-Bretanha se nega a negociar a soberania das ilhas com a Argentina, argumentando que seus habitantes desejam continuar sendo britânicos.

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