Diante das câmeras, Katz afirmou que Lula não é bem-vindo em Israel (Ricardo Stuckert / PR/Flickr)
Agência de notícias
Publicado em 19 de fevereiro de 2024 às 10h41.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, filho de sobreviventes do Holocausto, levou o embaixador do Brasil, Federico Mayer, ao memorial do Holocausto de Israel nesta segunda-feira.
A ação foi realizada para repreendê-lo pela declaração feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no domingo, quando ele comparou os ataques israelenses na Faixa de Gaza com o Holocausto.
Diante das câmeras, Katz afirmou que Lula não é bem-vindo em Israel. O presidente, afirmou, tornou-se “persona non grata” no país até que peça desculpas pelo ocorrido. O ministro israelense declarou que a fala do líder brasileiro “é um ataque antissemita grave”, e que não seria esquecida. Ele disse, ainda, que levou Mayer ao memorial do Holocausto porque o local é um testemunho do que os nazistas fizeram aos judeus.
"Eu trouxe você a um lugar que testemunha, mais do que qualquer outra coisa, o que os nazistas e Hitler fizeram aos judeus, incluindo membros da minha família", disse o israelense a Mayer. "A comparação entre a guerra justa de Israel contra o Hamas e as atrocidades de Hitler e dos nazis é uma vergonha".
Katz visitou o museu com o embaixador brasileiro, e mostrou a ele o formulário com os nomes de seus avós, mortos durante a Segunda Guerra Mundial. Na época, a Alemanha nazista exterminou seis milhões de judeus, aproximadamente um terço da população judaica mundial. No domingo, o ministro de Israel já havia afirmado que a fala de Lula “profana a memória daqueles que morreram no Holocausto”.