Mundo

Embaixador americano se reúne com líder rebelde sírio

Robert Ford teria participado da entrega de um carregamento de ajuda médica e alimentar


	O embaixador americano na Síria, Robert Ford: nesta sexta, um vídeo postado na internet mostra Robert Ford dando condolências ao povo sírio pelos "massacres cometidos pelo regime sírio".
 (Jewel Samad/AFP)

O embaixador americano na Síria, Robert Ford: nesta sexta, um vídeo postado na internet mostra Robert Ford dando condolências ao povo sírio pelos "massacres cometidos pelo regime sírio". (Jewel Samad/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2013 às 15h34.

Damasco - Um comandante rebelde sírio informou nesta sexta-feira à AFP que teve um encontro no dia anterior com o embaixador dos Estados Unidos encarregado da Síria, Robert Ford, na fronteira com a Turquia.

"Robert Ford visitou o posto fronteiriço de Bab al-Salameh. Ele participou da entrega de um carregamento de ajuda médica e alimentar", indicou o coronel Abdel Jabbar al-Okaidi, que comanda o Exército Sírio Livre (ESL) em Aleppo, no norte da Síria.

Robert Ford permaneceu em seu posto em Damasco até outubro de 2011, antes de deixar o país por razões de segurança, e foi designado para o caso neste país.

O coronel Okaidi disse à AFP que a questão do fornecimento de armas aos rebeldes tinha sido discutida em uma reunião de 40 minutos na quinta-feira.

"Houve promessas de que, no futuro, haverá uma ajuda melhor, o que poderia significar ajuda militar. A questão está sendo considerada", declarou.

O líder militar, como outros líderes rebeldes, critica os Estados Unidos por sua relutância em lhes fornecer armas. Os americanos manifestaram seu apoio à revolta, mas sempre se opuseram à entrega de armas, para que não caiam nas mãos de extremistas.


Segundo o coronel Okaidi, a visita do embaixador pode ser interpretada como uma indicação de que "os Estados Unidos começaram a decidir se vão ajudar a revolução Síria", acrescentou.

Nesta sexta, um vídeo postado na internet mostra Robert Ford dando condolências ao povo sírio pelos "massacres cometidos pelo regime sírio".

"Entendemos que a assistência humanitária é insuficiente. Mas, ao mesmo tempo, foi concedida uma ajuda substancial para o ESL em sua luta contra o regime", disse ele.

No mesmo vídeo, ele defende a mesma posição manifestada pelo secretário de Estado, John Kerry, sobre a saída de Bashar al-Assad.

"A posição dos Estados Unidos não mudou. Dois anos atrás, anunciamos que Bashar al-Assad havia perdido a sua legitimidade e que, por isso, deveria renunciar. Continuamos a dizer que ele deve renunciar, e que os sírios devem formar um governo de transição que exclua seu círculo interno", acrescentou.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)GuerrasPaíses ricosSíria

Mais de Mundo

Mais de 300 migrantes são detidos em 1º dia de operações sob mandato de Trump

Migrantes optam por pedir refúgio ao México após medidas drásticas de Trump

Guerra ou acordo comercial? Gestos de Trump indicam espaço para negociar com China, diz especialista

Novo incêndio florestal provoca ordens de evacuação na região de Los Angeles