Itália: país registrou uma leve queda no número de novos casos do novo coronavírus (Manuel Silvestri/Reuters)
Reuters
Publicado em 22 de março de 2020 às 15h27.
Última atualização em 24 de março de 2020 às 14h21.
O número de mortos pelo surto de coronavírus na Itália aumentou em 651 em um dia, para um total de 5.476, disseram autoridades neste domingo, um aumento de 13,5%, mas abaixo do crescimento registrado na véspera, quando foram relatadas 793 mortes.
O número total de casos na Itália subiu para 59.138 em relação aos 53.578 anteriores, um aumento de 10,4%, informou a Agência de Proteção Civil. O número representa o menor aumento em termos percentuais desde que o contágio veio à luz no país, em 21 de fevereiro.
Das pessoas originalmente infectadas em todo o país, 7.024 haviam se recuperado totalmente no domingo, em comparação com 6.072 no dia anterior. Havia 3.009 pessoas em terapia intensiva, contra 2.857 antes.
A região norte da Lombardia, a mais atingida, permaneceu em uma situação crítica, com 3.456 mortes e 27.206 casos, contra 3.095 e 25.515 anteriormente, respectivamente.
No Canadá, o número de mortos aumentou em quase 50%, para 19, em menos de um dia, e o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, previu neste domingo que a crise vai durar meses.
O número de casos confirmados aumentou para 1.302, de 1.099, com mais 69 pessoas listadas como provavelmente sofrendo do vírus altamente contagioso.
O Canadá já fechou suas fronteiras para todas as viagens, exceto as essenciais, e anunciou um pacote de ajuda de 27 bilhões de dólares canadenses para as pessoas e empresas mais afetadas pela crise.
O governo está pedindo que as pessoas pratiquem o auto-isolamento, mas ainda não decretou emergência para limitar o movimento dos cidadãos.
As autoridades de saúde chilenas decidiram impor um toque de recolher noturno a partir deste domingo em todo o país e expandir algumas medidas preventivas, em meio ao rápido avanço do coronavírus. O Chile registrou na véspera a primeira morte em decorrência da doença no país, que já possui 632 casos confirmados.
"O presidente determinou a partir de hoje à noite um toque de recolher em todo o país das 22h às 5h do dia seguinte", disse o ministro da Saúde, Jaime Mañalich, em comunicado.
O ministro informou que várias pessoas não estão cumprindo o isolamento, o que levou o governo a reforçar a inspeção em alguns locais com alta incidência de casos.
Mañalich também anunciou restrições para o acesso à ilha de Chiloé e quarentenas para as cidades de Puerto Williams, no extremo sul, e Chillán, no sul.
Um motim em uma prisão de Bogotá contra as condições sanitárias deixou 23 prisioneiros mortos e 83 feridos na noite de sábado, disse a ministra da Justiça neste domingo.
Segundo a ministra Margarita Cabello, sete guardas também ficaram feridos e dois estão em estado grave.
Membros de uma igreja sul-coreana entraram em confronto com a polícia neste domingo, informaram veículos de mídia, no momento em que passaram a vigoarr as restrições do governo a serviços religiosos e outras aglomerações devido à disseminação do coronavírus.
"Nossa luta contra o vírus é uma corrida de três pernas", disse o presidente Moon Jae-in no domingo, referindo-se à necessidade de a comunidade trabalhar em sintonia com o governo. "Não importa, mesmo se você não estiver doente e se sentindo bem."
A maioria das igrejas recorreu a serviços online nas últimas semanas, mas a mídia local disse que várias delas prosseguiram com reuniões presenciais, provocando conflitos com a polícia e protestos de moradores pedindo que se dispersem.
Na Igreja Sarang Jeil, em Seul, fiéis tentaram expulsar policiais, informou o portal de notícias Yonhap. Mais da metade dos casos de coronavírus na Coreia do Sul foi atribuída a uma igreja cristã na cidade de Daegu, no sudeste do país. Nesta semana, cerca de 60 membros de uma igreja protestante em Seongnam, ao sul de Seul, também testaram positivo para o coronavírus.
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