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Em resposta a Trump: rei da Dinamarca atualiza brasão real com destaque para a Groenlândia

Território desempenha papel vital na defesa dos EUA e está localizada na rota mais curta da América do Norte para a Europa

Uma aeronave supostamente transportando o empresário americano Donald Trump Jr. chega a Nuuk, na Groenlândia  (Emil Stach / Ritzau Scanpix / AFP/AFP)

Uma aeronave supostamente transportando o empresário americano Donald Trump Jr. chega a Nuuk, na Groenlândia (Emil Stach / Ritzau Scanpix / AFP/AFP)

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Publicado em 7 de janeiro de 2025 às 19h42.

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O rei Frederico da Dinamarca lançou uma nova versão do brasão real, com maior destaque para a Groenlândia e as Ilhas Faroé. A mudança ocorre em meio à crescente atenção internacional sobre a ilha, especialmente após o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, demonstrar interesse em adquirir o território.

Na nova versão, os símbolos da Groenlândia, representada por um urso polar, e das Ilhas Faroé, representadas por um carneiro, aparecem em campos separados. Anteriormente, ambos compartilhavam o mesmo espaço no brasão.

Interesses estratégicos dos EUA na Groenlândia

A Groenlândia desempenha um papel crucial na defesa estratégica dos EUA, além de estar localizada na rota mais curta entre a América do Norte e a Europa. A Base Aérea de Thule, situada no noroeste da ilha, é vital para o sistema de defesa antimísseis americano.

Segundo Heather A. Conley e Jon Rahbek-Clemmensen, pesquisadores do CSIS, “a Groenlândia pode se tornar um ponto de apoio crucial para patrulhas marítimas e aéreas no Atlântico Norte”. Além disso, suas riquezas naturais, como hidrocarbonetos e minerais de terras raras, aumentam sua importância geopolítica.

Aquecimento global e disputas no Ártico

O derretimento das geleiras no Ártico traz novas oportunidades de exploração econômica e geopolítica. A região abriga cerca de 160 bilhões de barris de petróleo e 30% das reservas de gás natural não descobertas, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos.

“Com o aquecimento do Ártico, essas valiosas commodities se tornaram mais extraíveis, criando um incentivo financeiro significativo”, destaca um relatório do CFR. A possibilidade de novas rotas de navegação no Ártico também atrai potências como Estados Unidos, Rússia e China, que buscam reduzir custos logísticos.

Na última década, a Groenlândia também tem avançado no debate sobre independência. Embora autônoma desde 1979, ainda depende de apoio financeiro da Dinamarca.

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