Donald Trump: "Pedimos que esse ódio nunca aconteça de novo e a única maneira de evitar é nos defendendo" (Ronen Zvulun/Reuters)
EFE
Publicado em 23 de maio de 2017 às 18h12.
Jerusalém - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a sua esposa, Melania, fizeram nesta terça-feira uma homenagem aos 6 milhões de judeus mortos na Segunda Guerra Mundial e no museu de Jerusalém o governante pediu que o Holocausto não aconteça "nunca mais".
"Não existem palavras para descrever as horas mais negras da história. Vidas preciosas de homens, mulheres e crianças que foram extintas em uma tentativa sistemática de eliminar a vida judaica. Como disse (o escritor judeu) Elie Wiesel, 'Devemos ser testemunhas', pois só se lembrarmos podemos evitar que a agonia se repita", apontou Trump.
O presidente, que definiu o Holocausto como o "maior crime contra Deus e seus filhos", disse querer "homenagear toda e cada uma das vidas tiradas de uma forma tão cruel" e destacou que "através da perseguição, opressão e morte, o povo judeu floresceu".
No ato, Trump e sua mulher estavam acompanhados do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e a sua mulher, Sara; o rabino-chefe do Conselho Yad Vashem e ex-rabino chefe asquenaze de Israel, Yisrael Meir Lau; e o diretor do Museu do Holocausto, Avner Shalev.
Shalev entregou ao presidente americano uma réplica identifica do álbum pessoal de Ester Goldstein, assassinada durante o genocídio quando tinha 16 anos e cuja irmã, Margot Herschenbaum, muito emocionada, participou do evento.
Netanyahu agradeceu a Trump "sua histórica visita", e o fato de ter sido o primeiro presidente dos Estados Unidos a visitar o Muro das Lamentações.
"Lembramos o ódio aos judeus. Pedimos que esse ódio nunca aconteça de novo e a única maneira de evitar é nos defendendo", disse o primeiro-ministro, ao agradecer o compromisso de Trump "com o princípio de um Estado judeu que se responsabilize pela segurança do futuro judeu"
Usando um quipá, Trump participou com Melania, sua filha Ivanka e seu genro, Jared Kushner, de uma cerimônia solene e acendeu uma vela em homenagem às vítimas, perto das lápides onde estão as cinzas achadas nos campos de extermínio.