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Em meio a tensões sobre Canal, presidente do Panamá confirma que falará amanhã com Trump

Conversa entre mandatários ocorrerá durante visita do Secretário de Estado dos EUA ao país caribenho

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 7 de fevereiro de 2025 às 06h51.

Última atualização em 7 de fevereiro de 2025 às 06h52.

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O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, confirmou na quinta-feira, 6, que planeja conversar hoje, dia 7, com Donald Trump em meio às tensões com o governo dos Estados Unidos sobre o Canal do Panamá.

“Recebi a confirmação há poucos minutos de um funcionário sênior de que falarei com o presidente Trump amanhã às 15h30 (17h30 de Brasília)”, escreveu Mulino na rede social X (ex-Twitter).

O anúncio foi feito horas depois de o presidente panamenho afirmar em uma entrevista coletiva que a conversa com Trump era “um assunto que não está oficializado” e que havia tomado conhecimento dessa possibilidade por terceiros.

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“Não tenho nenhuma confirmação da Embaixada dos EUA sobre isso. Se acontecer, e eles comunicarem, então acontecerá. Se não, então não acontecerá, não depende de mim”, declarou.

O anúncio sobre a conversa foi feito na última segunda-feira pelo próprio Trump, no mesmo dia em que encerrou a visita do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, ao país centro-americano.

“Acho que vamos conversar com o Panamá na sexta-feira. Essencialmente, eles se comprometeram com algumas coisas, mas não estou satisfeito”, disse o presidente americano na Casa Branca.

“Estamos tentando chegar a um acordo sobre o Canal do Panamá”, acrescentou Trump, que mais uma vez criticou um aumento da influência da China nessa importante passagem marítima nos últimos anos, apesar de os EUA terem construído o canal.

Durante a visita de Rubio ao Panamá, e em uma tentativa de diminuir as tensões entre os dois países, Mulino se comprometeu a não renovar um importante acordo comercial com a China, a chamada Nova Rota da Seda, e a administração do Canal anunciou que trabalharia com a Marinha dos EUA para “otimizar o trânsito prioritário de seus navios” pela hidrovia interoceânica.

O governo dos EUA anunciou ontem que o Panamá teria concordado em não cobrar pedágios de seus navios pelo trânsito no Canal, economizando assim “milhões de dólares por ano”, mas a informação foi desmentida horas depois pela autoridade da hidrovia e também pelo próprio Mulino nesta quinta-feira - visivelmente irritado, ele descreveu o anúncio como uma “falsidade intolerável”.

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