Venezuela: o país enfrenta um apagão desde de quinta feira; várias regiões do país ainda estão sem luz (Ivan Alvarado/Reuters)
EFE
Publicado em 11 de março de 2019 às 15h17.
Caracas — Uma equipe de cinco pessoas enviada à Venezuela pelo Escritório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos começará nesta segunda-feira a realizar reuniões em Caracas, apesar do apagão que afeta todo o país desde quinta-feira.
Uma fonte da ONU na Venezuela disse à Agência Efe que a equipe chegou a Caracas no fim de semana e se reunirá na tarde de hoje com representantes das agências das Nações Unidas que atuam no país.
O primeiro encontro será privado e contará com a presença dos diretores na Venezuela do Fundo de População, do Alto Comissariado para os Refugiados (Acnur), da ONU Aids, do Programa de Desenvolvimento (Pnud), da organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e do Fundo para a Infância (Unicef).
O local da primeira reunião da equipe enviada pela alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, será mantido em sigilo para garantir a segurança da delegação.
Durante o período na Venezuela, a equipe da ONU se reunirá com representantes do governo de Nicolás Maduro e com a direção da Assembleia Nacional da Venezuela, chefiada por Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente do país em janeiro.
A delegação também quer se reunir com organizações da sociedade civil e com vítimas de violações de direitos humanos em Caracas e outras cidades da Venezuela.
"A missão oficial está sendo realizada para ter certeza que a alta comissária obteria acesso irrestrito (em uma eventual visita à Venezuela) a todas as pessoas e a todos os lugares que quisesse visitar, com o objetivo de obter uma visão nítida da situação dos direitos humanos no país", informou a ONU em comunicado.
Milhões de venezuelanos estão parcialmente ou totalmente sem energia desde a quinta-feira. O blecaute aprofundou ainda mais a crise enfrentada pelo país, dificultando ainda mais a vida de parte da população.