TV: nesta quinta-feira, o programa Fox and Friends, um dos poucos com acesso ao presidente Donald Trump, veicula uma entrevista exclusiva em que Trump aborda a questão da Coreia do Norte, entre outros pontos (Carlos Barria/Reuters)
Da Redação
Publicado em 24 de maio de 2018 às 06h54.
Última atualização em 24 de maio de 2018 às 09h45.
Quanto menos tempo falta para a reunião entre o presidente americano Donald Trump e o líder norte-coreano Kim Jong-un, marcada para o próximo dia 12, mais dúvidas sobram sobre que tipo de acordo os dois líderes irão firmar. Aliás, sobram dúvidas sobre se o próprio encontro irá acontecer.
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Nesta quinta-feira, enquanto este às 7h é publicado, o programa da TV americana Fox and Friends, um dos poucos com acesso ao presidente Donald Trump, veicula uma entrevista exclusiva em que Trump aborda a questão da Coreia do Norte, entre outros pontos. A situação ficou ainda mais complexa na semana passada, quando a Coreia do Norte ameaçou colocar tudo a perder caso houvesse insistência do Ocidente de que o país abandonasse seu programa nuclear.
Na última terça-feira, quando o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, esteve em Washington para discutir e aconselhar Trump na questão, a desnuclearização da Coreia do Norte parecia carta fora do baralho. “Há uma chance substancial de que não irá dar certo, e tudo bem”, disse Trump em entrevista junto a Moon. Na noite de ontem, as tensões se agravaram ainda mais quando o vice-ministro de Relações Exteriores da Coreia do Norte, Choe Son-hui, chamou de “ignorantes e estúpidas” as considerações feitas pelo vice-presidente americano, Mike Pence, que teria dito que a Coreia “pode acabar como a Líbia”.
Independentemente do que acontecer no encontro, analistas estimam que Trump irá empacotar bem o resultado e vender como uma vitória. Uma estratégia que ele pratica há anos: em seu conhecido livro A Arte do Negócio, Trump afirma que o segredo de uma boa negociação é fazer uma exigência descabida, bater forte no peito, aceitar o que for possível e prático e chamar isso de vitória. Sua política internacional, da China ao Oriente Médio, tem demonstrado bem a doutrina.