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Em discurso, Obama ataca desigualdade e promete agir

O presidente prometeu que será mais agressivo na utilização de seus poderes executivos, caso o Congresso continue a obstruir o andamento de suas propostas


	Barack Obama discursa no Capitólio: "a América não vai ficar parada - e eu também não vou", disse
 (REUTERS/Larry Downing)

Barack Obama discursa no Capitólio: "a América não vai ficar parada - e eu também não vou", disse (REUTERS/Larry Downing)

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Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2014 às 07h27.

Washington - Com um dos mais baixos índices de aprovação de seu governo e diante de eleições legislativas cruciais em novembro, o presidente dos EUA, Barack Obama, pediu ao Congresso que eleve o salário mínimo, atue para fortalecer a classe média e ampliar as oportunidades de ascensão social e transforme 2014 em um "ano de ação".

Em seu discurso anual sobre o Estado da União, o presidente prometeu que será mais agressivo na utilização de seus poderes executivos, caso o Congresso continue a obstruir o andamento de suas propostas.

"A América não vai ficar parada - e eu também não vou", disse. Nos últimos 12 meses, Obama viu quase todas as suas iniciativas legislativas naufragarem em razão da oposição republicana na Câmara, o que transformou 2013 no mais improdutivo ano da história do Congresso.

"Hoje, depois de quatro anos de crescimento econômico, os lucros empresariais e os preços das ações raramente estiveram mais altos e aqueles no topo nunca estiveram tão bem. Mas a média dos salários mal se moveu. A desigualdade se aprofundou. A mobilidade social se estancou. O frio e duro fato é que mesmo no meio da recuperação, muitos americanos estão trabalhando mais para apenas sobreviver (...). E muitos ainda não estão nem trabalhando."

A ideia de oportunidade está no centro da identidade americana, declarou Obama. "E o projeto que define nossa geração é restaurar essa premissa." Para isso, o presidente propôs a ampliação do acesso à educação pré-escolar e apoio ao pagamento do estudo superior.

Na sessão conjunta da Câmara e do Senado iniciada na noite desta terça-feira, 28, Obama anunciou que usará seu poder executivo para elevar o salário mínimo pago aos empregados de empresas que prestam serviços ao governo federal - o valor passará de US$ 7,25 para US$ 10,10 por hora para os que forem contratados a partir de agora.

O democrata elencou outras áreas nas quais atuará sem esperar o aval dos parlamentares, entre as quais está a criação de programas de treinamento, a aceleração do processo de aprovação de projetos de infraestrutura, a adoção de novas metas de eficiência energética e o estabelecimento de um novo sistema de poupança para aposentadoria.

Mas em uma demonstração dos limites de seu poder executivo, Obama repetiu itens da agenda que apresentou ao Congresso há um ano, a maior parte não cumprida. O presidente voltou a pedir uma reforma de imigração que dê a oportunidade de obtenção da cidadania americana às 11 milhões de pessoas que vivem ilegalmente no país.

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