Boeing também não informou uma nova data prevista para o retorno dos astronautas (Satellite image ©2024 Maxar Technologies/AFP)
Repórter colaborador
Publicado em 25 de junho de 2024 às 07h50.
O retorno de dois astronautas a bordo da primeira espaçonave comercial tripulada da Boeing foi adiado – novamente. As informações são do Business Insider.
Os astronautas da NASA, Butch Wilmore e Suni Williams, foram à Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês) em 6 de junho após uma série de atrasos que adiaram o lançamento da nave em um mês. Eles deveriam permanecer no espaço por oito a 10 dias, de acordo com um comunicado da Boeing de 6 de junho.
Mas 12 dias após a chegada da tripulação à ISS, a Boeing anunciou que seu retorno ao White Sands Space Harbor, no Novo México, foi adiado para 26 de junho.
Na sexta-feira, a empresa de aviação disse que o retorno foi adiado novamente para avaliar problemas a bordo e dar tempo para duas caminhadas espaciais. O atraso ocorre depois que cinco vazamentos de hélio foram detectados a bordo da espaçonave.
“Os gerentes da missão estão avaliando futuras oportunidades de retorno após as duas caminhadas espaciais planejadas da estação na segunda-feira, 24 de junho, e na terça-feira, 2 de julho”, disse a Boeing em seu comunicado. A Boeing também não informou uma nova data prevista para o retorno dos astronautas.
No entanto, o comunicado dizia que a tripulação “não estava com pressa para deixar a estação”, pois havia “muitos suprimentos em órbita”.
Este é o primeiro caso em que a Boeing envia uma nave espacial tripulada na tentativa de entrar no ramo comercial de transporte espacial com humanos. Mas a empresa agora está atrás da SpaceX de Elon Musk, que envia astronautas ao espaço desde 2020.
Boeing e SpaceX foram as duas empresas americanas selecionadas pela NASA em 2014 para explorar o transporte espacial comercial.Antes do lançamento do Starliner, Musk disse no X que a Boeing estava sobrecarregada por “muitos gerentes não técnicos”.
De volta à Terra, a Boeing também foi atormentada por problemas com aviões nos últimos meses. Em janeiro, um tampão de porta de um jato Boeing 737 Max 9 Alaska Airlines se soltou em pleno voo, resultando em um buraco no avião.
Desde então, vários denúncias começaram a vazar alegando vem economizando no controle de qualidade.