ex-ativista italiano Cesare Battisti (Arquivo/ Reuters)
Da Redação
Publicado em 28 de janeiro de 2011 às 21h45.
Brasília - A presidente Dilma Rousseff afirmou em carta ao presidente da Itália, Giorgio Napolitano, que caberá ao Supremo Tribunal Federal (STF) decidir sobre o futuro do ex-ativista italiano Cesare Battisti, informou a assessoria de imprensa da Presidência na sexta-feira.
Assim, Dilma indicou que manterá a posição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que no último dia de governo negou a extradição de Battisti, condenado na Itália por assassinatos cometidos na década de 1970. Pouco mais de um ano antes, o STF havia decidido que a palavra final sobre o caso era de Lula.
Na carta assinada em 24 de janeiro, Dilma responde à mensagem enviada a ela há duas semanas por Napolitano, que argumentava sobre a importância da extradição de Battisti, que cumpre prisão em Brasília.
A presidente disse ainda que a posição de Lula não envolve qualquer juízo de valor sobre a Justiça italiana e se trata de um parecer jurídico fundado na interpretação que a Advocacia Geral da União (AGU) fez do tratado de extradição assinado entre os dois países.
Na carta, Dilma lamentou a tensão diplomática que se estabeleceu sobre a extradição de Battisti e reafirmou que uma divergência jurídica não irá abalar o relacionamento secular de Brasil e Itália.
O STF deve analisar o caso na volta do recesso, em fevereiro.