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Obama diz que é candidato da classe média

Obama se apresentou hoje neste estado como defensor deste grupo de população e único fiador do 'sonho americano'

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2012 às 23h27.

Hampton- Com as pesquisas apontando eleições muito disputadas em novembro, o presidente dos Estados Unidos e candidato democrata, Barack Obama, concentrou seus esforços nos últimos dias nos estados indecisos e se proclamou o único candidato defensor da classe média americana.

'Necessitamos de alguém que brigue pela classe média', afirmou nesta sexta-feira o democrata na Virgínia, um dos estados que pode ser decisivo nas eleições e onde Obama realizará campanha neste fim de semana.

Em um país onde a maioria da população se considera da classe média, Obama se apresentou hoje neste estado como defensor deste grupo de população e único fiador do 'sonho americano'.

O presidente destacou a prorrogação, anunciada por seu governo segunda-feira, dos cortes de impostos realizados durante 2012 para as famílias com renda de menos de US$ 250 mil anuais e reiterou que sua reforma da saúde amplia a justiça social nos Estados Unidos.

'Todo o mundo deve pagar sua uma parte justa, jogar sob as mesmas regras', disse Obama diante de um público composto em sua maioria por afro-americanos.


Em contraste com o discurso republicano, Obama assegurou que a austeridade orçamentária deve caminhar ao lado do investimento público para o país poder crescer.

'Desejo um segundo mandato para diminuir o déficit, mas de uma maneira responsável. Não vamos sacrificar despesa em educação e em saúde', prometeu.

Apesar de suas obrigações presidenciais, o candidato democrata fez campanha por oito dias em Ohio, Pensilvânia, Iowa e Virgínia, que fazem parte dos disputados 'swing states', estados que não tem posição política definida e que podem dar a vitória tanto para democratas como republicanos.

Segundo sua agenda oficial nesta semana, Obama terá desempenhado suas funções presidenciais durante três dias e feito campanha por três, fato que trouxe a discussão entre ambos os papeis para o debate público.

'Há muitos presidentes que fizeram campanha para a reeleição e utilizaram o selo presidencial', defendeu-se nesta quinta-feira o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, perante as insistentes perguntas sobre o uso de material da Casa Branca em atos de campanha.


Além disso, as equipes de campanha de ambos os partidos não dissimulam sua menor atenção a estados como Califórnia, de tradição democrata, e Texas, historicamente republicano, para concentrar seus esforços onde a votação está indefinida.

Com certeza notaram que estamos em campanha', brincou Obama na Virgínia entre risos do público. A prova é que 82% dos eleitores em estados indecisos já viu anúncios televisivos de campanha, vinte pontos acima do resto dos cidadãos, segundo uma pesquisa do Instituto Gallup divulgado esta semana.

Obama realizou nesta sexta-feira três discursos quase idênticos, mas também tomou um copo de água com gelo com mulheres de militares numa cafeteria e trocou palavras com uma cliente de uma barbearia que não resistiu e foi cumprimentá-lo ainda com rolos no cabelo.

A rota democrata por cidades do país tem esse objetivo, recuperar o fenômeno social que se desenhou em 2008 em torno de Obama, criar apoios espontâneos a favor do democrata e conseguir personalizar o discurso em cada estado.

De fato, entre comício e comício, Obama concedeu nesta sexta-feira duas entrevistas a televisões locais do país, que se somam a outras que ofereceu na terça-feira a quinze emissoras regionais.

Amanhã Obama continuará sua viagem pela Virgínia, onde os democratas ganharam em 2008 após quatro décadas de vitórias republicanas.

Na próxima semana, Obama visitará o Texas, estado de fiel tradição republicana e com elevados índices de imigração, especialmente de origem hispânica.

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