Bomba em jato da Força Aérea britânica: autoridades do país confirmaram autenticidade da imagem (Twitter)
Gabriela Ruic
Publicado em 26 de maio de 2017 às 16h10.
Última atualização em 26 de maio de 2017 às 17h40.
São Paulo – Uma imagem que mostra a frase “Com amor, de Manchester” escrita em uma bomba em um jato da Força Aérea britânica teve a sua veracidade confirmada pelo Ministério de Defesa do Reino Unido para diferentes veículos de imprensa, como o jornal britânico The Independent e a rede de notícias americana CNN.
A foto, diz o jornal britânico The Telegraph, foi registrada em uma base britânica no Chipre, de onde decolam os jatos encarregadas de bombardeios aéreos contra o Estado Islâmico na Síria e Iraque. Embora a legitimidade da foto tenha sido corroborada por autoridades do país, não se sabe quem escreveu a frase no artefato e nem se o mesmo deixou a base.
“A RAF (Força Aérea Real) confirma que a foto é genuína”, informaram as autoridades ao The Telegraph. “O sentimento da mensagem é compreensível e esse tipo de manifestação faz parte da história da RAF”, continuaram, adicionando que o indivíduo responsável pelo ato não será responsabilizado.
Essa imagem circula na internet dias depois de o britânico Salman Abedi, de 22 anos, ter conduzido um ataque suicida em Manchester. A explosão ocorreu depois do show da cantora americana Ariana Grande no estádio Manchester Arena e deixou 22 mortos, além de 56 feridos.
O atentado terrorista foi reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI), mas a polícia britânica ainda tenta estabelecer oficialmente se Abedi tinha, de fato, ligações com a organização.
Bombardeios da coalizão
O Reino Unido faz parte da coalizão internacional de países que, liderados pelos Estados Unidos, atuam na Síria e Iraque pela derrota do EI. Apesar de os ataques aéreos terem líderes do grupo e sua infraestrutura como alvo, essas manobras já atingiram civis.
Em março, por exemplo, um bombardeio conduzido pelos EUA matou mais de 100 pessoas em Mosul, no Iraque. O episódio foi constatado por uma investigação do Pentágono, como informa a rede americana NBC, e foi o incidente mais grave envolvendo mortes de civis desde o início da ação da coalizão em 2014.
Segundo dados da coalizão, em levantamento divulgado em março, ao menos 352 pessoas foram mortas em decorrência dos bombardeios aéreos da força conjunta. Organizações não governamentais, no entanto, discordam desse dado e apontam que o número de fatalidades civis esteja entre 3.290 e 5.280.