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Em 6 anos, guerra na Síria provocou mais de 320 mil mortes

O balanço representa um aumento de quase 9.000 mortos desde a última contagem, em dezembro, quando Rússia e Turquia anunciaram cessar-fogo

Guerra: o novo balanço de mortos inclui mais de 96.000 civis, entre eles mais de 17.400 crianças e quase 11.000 mulheres (John Moore/Getty Images)

Guerra: o novo balanço de mortos inclui mais de 96.000 civis, entre eles mais de 17.400 crianças e quase 11.000 mulheres (John Moore/Getty Images)

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AFP

Publicado em 13 de março de 2017 às 12h58.

A guerra na Síria deixou mais de 320.000 mortos desde o seu início, há seis anos, anunciou nesta segunda-feira o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), antes de destacar que o frágil cessar-fogo impediu um número ainda maior de vítimas fatais.

A ONG confirmou a morte de 321.358 pessoas desde o início da guerra em março de 2011, durante as manifestações contra o regime do presidente Bashar al-Assad.

O balanço representa um aumento de quase 9.000 mortos desde a contagem anterior publicada pelo OSDH, em dezembro, quando a Rússia - aliada do regime sírio - e a Turquia - que apoia os rebeldes - negociaram um cessar-fogo em todo o território.

"Morreram menos pessoas nos três meses seguintes à implementação do cessar-fogo", declarou Rami Abdel Rahman, diretor do OSDH.

"As mortes não pararam, mas o ritmo desacelerou nos últimos meses".

O novo balanço de mortos inclui mais de 96.000 civis, entre eles mais de 17.400 crianças e quase 11.000 mulheres.

O OSDH informa que pouco mais de 60.900 soldados do regime morreram, assim como 45.000 milicianos sírios e mais de 8.000 combatentes estrangeiros leais ao governo de Assad.

Os combates também custaram as vidas de quase 55.000 rebeldes e um número equivalente de jihadistas, a maioria pertencentes ao grupo Estado Islâmico (EI) ou à Frente Fateh al-Sham, ex-braço da Al-Qaeda na Síria.

O conflito sírio, que começou com a repressão do regime de Assad aos manifestantes que pediam reformas, se tornou cada vez mais complexo e envolve atualmente grupos jihadistas, forças regionais e potências internacionais.

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