Elizabeth II: Lewis, que foi detido pouco depois por um assalto à mão armada (Chris Jackson/Getty Images)
EFE
Publicado em 1 de março de 2018 às 08h09.
Última atualização em 1 de março de 2018 às 09h15.
Sydney - Um adolescente neozelandês tentou assassinar a rainha Elizabeth II durante a visita dela, em 1981, a cidade de Dunedin, na Ilha Sul (Nova Zelândia), de acordo com informações reveladas nesta quinta-feira através de documentos dos serviços de inteligência.
Christopher Lewis, então com 17 anos, disparou contra o veículo Rolls Royce onde viajava a rainha, mas errou o tiro.
Lewis, que foi detido pouco depois por um assalto à mão armada, confessou às autoridades o fracassado plano para matar a monarca e os oficiais decidiram não formular uma acusação de traição, considerando que ele não esteve perto de acertar o disparo, afirma o jornal "New Zealand Herald".
Um documento divulgado pelos Serviços de Inteligência e Segurança (SIS, sigla em inglês) afirma que "Lewis tentou originalmente matar a rainha", mas que não contava com uma espingarda potente, nem uma mira adequada para conseguir assassinar a monarca.
O ex-policial Tom Lewis, originalmente designado para este caso, disse ao jornal que a polícia encobriu o fato e que inclusive foi destruído o depoimento do acusado.
Depois que este incidente tornou-se público, o comissário da polícia neozelandesa, Mike Brush, pediu a revisão deste "caso histórico".
"Com a passagem do tempo, acreditamos que a avaliação de arquivos antigos e o material associado levará algum tempo. A polícia da Nova Zelândia irá compartilhar os resultados das avaliações assim que forem concluídas", afirmou uma porta-voz da instituição.
Lewis, que mais tarde foi acusado do assassinato de uma mulher neozelandesa, se suicidou em 1997 em uma prisão do seu país.