Rainha Elizabeth II: neste ano a cerimônia foi eclipsada pela batalha cada vez mais acirrada a respeito da filiação britânica à UE (Gareth Cattermole/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 18 de maio de 2016 às 11h26.
Londres - A rainha Elizabeth, da Grã-Bretanha, revelou nesta quarta-feira os planos do primeiro-ministro, David Cameron, para reformar prisões e ajudar os pobres, parte de uma pauta de reformas sociais que o premiê espera adotar após o referendo sobre a permanência da Grã-Bretanha na União Europeia.
Em uma cerimônia repleta de pompa e circunstância no Parlamento, a monarca anunciou planos para mais de 20 leis novas, que vão do combate ao extremismo à facilitação de adoção de crianças sob tutela do Estado.
Muito do que foi anunciado já era conhecido, e alguns membros do dividido Partido Conservador, de Cameron, disseram que as medidas foram amenizadas por causa do referendo de 23 de junho.
O governo também pareceu ter adiado pelo menos uma medida exigida por aqueles que defendem a desfiliação da UE – uma Lei de Soberania que alguns parlamentares conservadores desejam para poder afirmar a prevalência do Parlamento sobre as leis do bloco.
O Discurso da Rainha, que acontece anualmente, é uma data importante no calendário político britânico na qual os governos podem divulgar em média até 30 leis novas e tentar conquistar eleitores com ações de grande apelo.
Mas neste ano a cerimônia foi eclipsada pela batalha cada vez mais acirrada a respeito da filiação britânica à UE.
"Meu governo irá aproveitar a oportunidade de uma economia em crescimento para proporcionar garantias aos trabalhadores, aumentar as oportunidades de vida para os mais desamparados e fortalecer as defesas nacionais", disse a rainha na abertura do ano legislativo.
"Meus ministros irão continuar a colocar as finanças públicas sob controle para que a Grã-Bretanha viva de acordo com seus meios, e para rumar na direção de uma economia com salários maiores e menos recurso ao assistencialismo social na qual o trabalho é recompensado".
A monarca listou algumas das leis que o governo planeja adotar, entre elas a reforma dos presídios e das regras de adoção.