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Eletronuclear vai apontar mais de 40 locais para instalação de usinas

Previsão inicial era de que 40 sítios seriam passíveis de instalação, mas número deve superar bastante a expectativa

Usinas nucleares de Angra 1 e 2: EPE está fazendo o plano de energia para 2035 (WIKIMEDIA COMMONS)

Usinas nucleares de Angra 1 e 2: EPE está fazendo o plano de energia para 2035 (WIKIMEDIA COMMONS)

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2011 às 19h26.

Rio de Janeiro - Até o final de março, a Eletronuclear vai apresentar ao governo federal o Atlas Nuclear de Localização de Centrais Nucleares no Brasil. A informação foi dada à Agência Brasil pelo assistente da presidência da Eletrobras Eletronuclear, Leonam dos Santos Guimarães, após falar no Congresso de Geração de Energia, encerrado hoje (2) no Rio de Janeiro.

Ele antecipou que a quantidade de locais passíveis de receber uma planta de geração termonuclear vai superar em muito os 40 sítios previstos inicialmente. “O Brasil é enorme e uma usina nuclear ocupa um espaço mínimo. Então, você tem uma quantidade muito grande de localizações possíveis”. Os locais selecionados terão capacidade de abrigar até seis usinas.

Ele destacou que a revisão do Plano Nacional de Energia 2030, elaborado em 2008, poderá alterar a prioridade de construção da quarta usina nuclear na Região Nordeste, tendo em vista as mudanças do cenário energético brasileiro. “A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) está atualizando esse estudo e fazendo o plano de energia 2035. Aí, essa definição fica mais clara”. A previsão inicial era construir duas usinas no Nordeste e duas no Sudeste, com capacidade instalada de mil MW cada usina.

Para Guimarães, o cenário atual é “extremamente positivo” para o setor nuclear brasileiro. “Nós estamos com [a Usina] Angra 3 deslanchando, estamos encerrando um trabalho de prospecção de potenciais locais para instalar usinas nucleares no Brasil todo e estamos aguardando uma decisão, um sinal positivo, do planejamento energético de que região receberá a quarta usina nuclear”.

Hoje, a geração nuclear tem participação entre 2,5% e 3% na matriz energética nacional. Isso representa quase metade da complementação térmica necessária ao atendimento da sazonalidade do sistema hídrico brasileiro. A outra metade está dividida entre usinas movidas a gás natural, derivados de petróleo e biomassa.

Ainda este mês, a Eletronuclear espera lançar o edital da licitação da montagem eletromecânica da Usina Angra 3. O financiamento nacional já está definido. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou em dezembro do ano passado crédito no valor de R$ 6,1 bilhões para o empreendimento, equivalente a 58,6% do investimento total.

Guimarães disse que o financiamento internacional está prestes a ser fechado também. O vencedor da licitação feita pela Eletrobras para obtenção de empréstimo externo para a obra, no valor de 1,5 bilhão de euros, foi ganho por um consórcio de bancos franceses liderado pelo Société Génerale. A proposta foi entregue no dia 18 do mês passado e será enviada ao Ministério da Fazenda e ao Congresso Nacional. “A Eletrobras ainda está negociando as condições”, informou.

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