Mundo

Eletronuclear entrega estudo de novas usinas no 1º semestre

Primeiro restrito ao Nordeste, em uma faixa entre Bahia e Pernambuco, o estudo agora engloba mais de 40 lugares em todo o país

Usinas são alternativas para fonte de energia (Béria Lima/Wikimedia Commons)

Usinas são alternativas para fonte de energia (Béria Lima/Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2011 às 19h26.

Rio de Janeiro - O presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro, informou que até o final do primeiro semestre entregará ao Ministério de Minas e Energia estudo com os melhores locais para a construção de quatro novas usinas nucleares no país.

Primeiro restrito ao Nordeste, em uma faixa entre Bahia e Pernambuco, o estudo agora engloba mais de 40 lugares em todo o país que podem ter chance de receber pelo menos duas usinas nos próximos anos, com chances de expansão do programa pelas próximas décadas.

"A Eletronuclear está preparando um cardápio para escolher o local no país que atenda os requisitos ambientais e econômicos, para não mandar para o Congresso locais que depois não podem ser licenciados", explicou Pinheiro a jornalistas nesta terça-feira durante evento do setor.

De todo o Brasil, apenas a região Norte não está sendo mapeada. A região sul entrou após pedido da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e o sudeste poderá contemplar a cidade de Resplendor, em Minas Gerais, uma das que estão sendo estudadas nesta região.

As usinas devem levar de 8 a 10 anos para ficarem prontas e devem custar 3 bilhões de dólares cada uma. A capacidade de cada unidade será de 1.000 megawatts.

Segundo Pinheiro, a tendência é que as usinas sejam construídas perto do mar ou de algum rio, devido à alta necessidade de água para resfriamento das usinas. Ele afirmou que a ideia é distribuir as usinas em pares nas localidades que forem escolhidas.

A construção das usinas ainda dependerá de aprovação do Congresso, após o Ministério de Minas e Energia respaldar a proposta da Eletronuclear.

De acordo com o assistente da presidência da Eletronuclear, Leonam Guimarães, a primeira fase do estudo já está pronta e até março será detalhada, podendo ser divulgado antes do que previu o presidente da empresa.

"É possível que até março a gente entregue", Guimarães disse a jornalistas no mesmo evento.

De acordo com o executivo, em um primeiro momento foram eliminadas todas as regiões inviáveis, e agora serão escolhidas as mais adequadas a receber a usina.

Entre as cidades listadas na primeira fase do estudo estão Poço Redondo (SE); Belém de São Francisco e Tacaratu (PE); Traipu e Belo Monte (AL); e Rodelas (BA).

Sobre os critérios de escolha que serão utilizados Leonam destacou a proximidade com o suprimento para refrigeração; não serem áreas possíveis de alagamento ou com movimentos vibratórios do solo; que tenham acessibilidade e que já tenha linhas de transmissão de energia existentes.

Segundo o executivo, este ano será escolhido o local e em 2021 inicia a operação da primeira usina no Nordeste, sendo a segunda prevista para 2024. No sudeste a usina deverá começar em 2022.

Acompanhe tudo sobre:EletricidadeEletronuclearEmpresasEmpresas estataisEnergiaEnergia nuclearEstatais brasileirasInfraestrutura

Mais de Mundo

Argentina registra décimo mês consecutivo de superávit primário em outubro

Biden e Xi participam da cúpula da Apec em meio à expectativa pela nova era Trump

Scholz fala com Putin após 2 anos e pede que negocie para acabar com a guerra

Zelensky diz que a guerra na Ucrânia 'terminará mais cedo' com Trump na Presidência dos EUA