Mundo

Eletrobras aprova rateio de fatia da Chesf em Belo Monte

Brasília - O Conselho Administrativo da Eletrobras aprovou hoje o rateio, dentro do grupo estatal, da participação da Chesf no consórcio vencedor do leilão da hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA). A Chesf é a principal acionista do consórcio Norte Energia, com 49,98% de participação. Segundo o ministro de Minas e Energia, Márcio […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

Brasília - O Conselho Administrativo da Eletrobras aprovou hoje o rateio, dentro do grupo estatal, da participação da Chesf no consórcio vencedor do leilão da hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA). A Chesf é a principal acionista do consórcio Norte Energia, com 49,98% de participação.

Segundo o ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, presidente do conselho da Eletrobras, a divisão será feita da seguinte maneira: a Eletronorte terá 19,98% de participação "e vai ser a operadora do projeto", enquanto a Chesf e a holding Eletrobras terão, cada uma, 15%.

Mesmo antes do leilão, o governo já vinha anunciando que, independentemente de qual subsidiária da Eletrobras estivesse no consórcio vencedor, no momento de formação da Sociedade de Propósito Específico (SPE), tanto a Eletrobras quanto a Eletronorte entrariam no projeto.

Segundo Zimmermann, isso se deve a dois motivos. No caso da Eletrobras, ela precisa entrar é porque é quem detém o capital. Já a Eletronorte tem o 'know how' (conhecimento) da operação de usinas na região Norte e é a principal responsável pelos estudos que vêm sendo feitos há décadas em torno do projeto de Belo Monte.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, que também é conselheira da Eletrobras, o rateio não precisa passar por aprovação de assembleia de acionistas. Assim, a decisão do conselho já é válida e só precisa ser comunicada à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), quando ocorrer a formação da SPE.

Além desse arranjo dentro da parte estatal do consórcio, na parte privada devem entrar sócios autoprodutores - grandes empresas que investem em geração de energia elétrica para consumo próprio - e sócios estratégicos, como fundos de pensão. O diretor de Planejamento e Engenharia da Eletrobras, Valter Cardeal, afirmou que as negociações estão sendo feitas principalmente com autoprodutores do Pará.

Cardeal, que é o coordenador do grupo responsável pela formação da SPE, afirmou que o objetivo dos sócios é antecipar ao máximo possível o cronograma da parte de formação da empresa para poder assinar o contrato de concessão em julho. Se o objetivo for atingido, o cronograma será antecipado em dois meses, já que a previsão para a assinatura do contrato era setembro.

Cardeal disse que a ideia é, no futuro, antecipar em seis meses, para julho de 2014, o início da operação da usina. "A estratégia é antecipar a geração para não termos riscos de atraso", disse.

Acompanhe tudo sobre:Belo MonteEletrobrasEmpresasEmpresas estataisEnergia elétricaEstatais brasileirasHidrelétricasHoldingsServiçosUsinas

Mais de Mundo

Trump nomeia Chris Wright, executivo de petróleo, como secretário do Departamento de Energia

Milei se reunirá com Xi Jinping durante cúpula do G20

Lula encontra Guterres e defende continuidade do G20 Social

Venezuela liberta 10 detidos durante protestos pós-eleições