Comício de Trump nesta semana, no Michigan: briga pelos estados em que nenhum candidato tem vasta maioria (Shannon Stapleton/Reuters)
Denyse Godoy
Publicado em 31 de outubro de 2020 às 15h50.
Última atualização em 31 de outubro de 2020 às 15h56.
Passa de 90 milhões o número de eleitores que já votaram antecipadamente para presidente dos Estados Unidos, segundo levantamento da Universidade da Flórida. O volume equivale a dois terços do registrado em 2016, no pleito anterior. Nesse ritmo, o total deve chegar a 150 milhões, um recorde histórico, até o dia da eleição, 3 de novembro.
Dos 90 milhões de votos antecipados, 57 milhões foram enviados pelo correio, enquanto 32 milhões, entregues pessoalmente. Nos EUA, o voto não é obrigatório. Mas os eleitores estão enfrentando o medo da pandemia do novo coronavírus e longas filas nas seções eleitorais em meio à acirrada disputa entre o atual presidente, o republicano Donald Trump, e o democrata Joe Biden.
Neste último final de semana de campanha, o ex-presidente Barack Obama, de quem Biden foi vice entre 2009 e 2017, está reforçando o corpo-a-corpo do candidato democrata no estado de Michigan. Trump está focando na Pensilvânia. Em 2015, o republicano ganhou no estado – um reduto democrata – por uma diferença de apenas 45 mil votos e quer garantir a superioridade neste ano também. Amanhã, é a vez de Biden fazer um discurso na Filadélfia, a maior e mais famosa cidade da Pensilvânia.
As pesquisas de intenção de voto indicam vantagem de Biden e um baixo número de eleitores indecisos. De dez institutos de pesquisa monitorados pelo jornal The New York Times, oito apontam vitória de Biden por uma diferença de 2 a 12 pontos percentuais, enquanto um prevê vitória de Trump por cinco pontos e outro, empate.
Os últimos dias da corrida à Casa Branca têm sido tumultuados com discussões acerca do voto pelo correio e da alta possibilidade de judicialização da apuração em alguns estados.