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Eleito presidente do Peru, Humala chega hoje ao Brasil

Ollanta Humala deve se reunir com Dilma Rousseff. Convite foi feito um dia depois de sua vitória nas urnas

O mercado financeiro e os empresários desconfiam da nova gestão de Humala no Peru (Ernesto Benavides/AFP)

O mercado financeiro e os empresários desconfiam da nova gestão de Humala no Peru (Ernesto Benavides/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2011 às 08h21.

Brasília – Eleito presidente do Peru no último domingo (5), o nacionalista Ollanta Humala, de 48 anos, escolheu o Brasil para ser o primeiro país visitado por ele. Humala se reúne hoje (9) às 10h com a presidenta Dilma Rousseff. O convite para ele vir ao Brasil foi feito no dia seguinte à sua vitória – segunda-feira, dia 6. Dilma pretende ir a Lima para a posse de Humala em 28 de julho. Humala deve passar o fim de semana em São Paulo, segundo assessores peruanos.

Do Brasil, Humala deve seguir para o Uruguai onde se reúne com o presidente José Pepe Mujica. Em seguida, irá à Argentina se encontrar com a presidenta Cristina Kirchner e ao Chile para reuniões com o presidente Sebastián Piñera. Não estão confirmadas, por enquanto, visitas à Bolívia, Colômbia, Venezuela e ao México.

Humala venceu a conservadora Keiko Fujimori, filha do ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000), em uma eleição disputada voto a voto. De acordo com o último boletim, divulgado às 3h41 de hoje pelo Escritório de Processos Eleitores do Peru (cuja sigla em espanhol é Onpe), do total de 99,9% das urnas apuradas, Humala obteve 51,4% dos votos contra 48,5% destinados a Keiko.

Há, porém, um clima de incerteza em relação ao presidente eleito do Peru. A desconfiança vem do mercado financeiro e dos empresários, que receiam as medidas econômicas que ele venha a tomar. Com a economia crescendo, em média, 8% ao ano, o mercado quer que Humala anuncie sua equipe ministerial o mais rápido possível.

O receio ao governo Humala atingiu a Bolsa de Valores de Lima, que registrou no dia seguinte à eleição, a maior queda da história, de 12,51%, fechando mais cedo para evitar novas baixas. O presidente eleito avisou que vai dar prioridade ao crescimento econômico com inclusão social. Também disse que escolherá os melhores técnicos e intelectuais para compor sua equipe.

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