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Campanha presidencial mexicana chega ao fim com duas candidatas na disputa

Segundo o governo, desde o início do processo eleitoral, em setembro de 2023, foram assassinados 22 candidatos

A candidata Claudia Sheinbaum durante comício em Guadalajara, em 28 de maio de 2024 (AFP)

A candidata Claudia Sheinbaum durante comício em Guadalajara, em 28 de maio de 2024 (AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 29 de maio de 2024 às 11h17.

O México encerra nesta quarta-feira, 29, a prolongada campanha à presidência com comícios das duas candidatas que lideram as intenções de voto, mas com os olhares voltados para a aspirante governista Claudia Sheinbaum, que espera concretizar no domingo a vantagem nas pesquisas.
Após quase 90 dias de eventos oficiais, marcados pelo assassinato de candidatos a cargos locais e trocas de farpas entre a esquerdista Sheinbaum e sua rival de centro-direita Xóchitl Gálvez, segunda colocada nas pesquisas.
Segundo o governo, desde o início do processo eleitoral, em setembro de 2023, foram assassinados 22 candidatos. A organização Data Cívica, no entanto, contabiliza 30 vítimas fatais.
O balanço aumentou na terça-feira com o assassinato de um candidato a prefeito no estado de Morelos (centro). Em Jalisco, outro candidato foi ferido a tiros.
As intenções de voto, no entanto, permaneceram inalteradas, segundo uma pesquisa publicada na terça-feira pelo jornal El Universal, que atribui 54% a Sheinbaum, contra 34% para Gálvez e 12% para o centrista Jorge Álvarez Máynez (Movimento Cidadão).
"Vamos vencer em 2 de junho e vamos continuar com a transformação do nosso país", afirmou Sheinbaum na terça-feira, durante um comício no estado de Guanajuato (centro), um dos mais afetados pela violência do crime organizado.
A candidata fez referência à "Quarta Transformação", o projeto do atual presidente Andrés Manuel López Obrador, que tem índice de aprovação de 66% e participou ativamente na campanha de Sheinbaum.
"Temos orgulhosamente um dos melhores presidentes de todo o planeta", acrescentou Sheinbaum, física de 61 anos. O evento de encerramento de campanha da esquerdista acontecerá no Zócalo, praça principal da Cidade do México, a partir das 16H00 (19H00 de Brasília).

Gálvez acredita na vitória

Gálvez, senadora de origem indígena e candidata de uma coalizão dos partidos tradicionais PRI, PAN e PRD, escolheu a próspera cidade industrial de Monterrey (nordeste) para o último ato de campanha.
O comício, programado para 18H00 (21H00 de Brasília) em um ginásio com capacidade para 18.000 pessoas, acontece uma semana depois do desabamento do palco durante um comício do Movimento Cidadão em Monterrey, uma tragédia que deixou nove mortos e dezenas de feridos.
Depois, Gálvez, 61 anos, planeja viajar para Tepatepec, sua cidade natal no estado central de Hidalgo, para realizar um "encontro com cidadãos" perto da meia-noite, segundo sua agenda oficial.
"Estou convencida de que nesta eleição há um voto oculto muito importante", declarou Gálvez na terça-feira, confiante de que a grande vantagem de Sheinbaum não existe. "O ânimo das pessoas diz outra coisa".
Máynez, 38 anos, encerrará a campanha com um comício na capital mexicana.
Quase 100 milhões de mexicanos - de uma população de 129 milhões - estão registrados para votar na eleição de turno único, vencida por maioria simples.
Pouco mais de 20.000 cargos, incluindo as cadeiras no Congresso e nove de 32 governadores, estão em disputa.
O partido governista Morena (Movimento Regeneração Nacional) tenta ampliar a maioria simples que possui nas duas Câmaras Legislativas, assim como defender o seu reduto, a Cidade do México, com Clara Brugada na disputa da prefeitura contra o direitista Santiago Taboada.
Mais de 27.000 militares e agentes da Guarda Nacional serão mobilizados para garantir a segurança das eleições, anunciou o governo.
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