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Eleições ocorrem no Burundi após noite de intensos conflitos

Burundi tem sido abalado pela violência e incerteza desde que o presidente disse que iria concorrer a um terceiro mandato apesar do limite de dois mandatos


	Homem prestes a votar na eleição parlamentar do Burundi, em Bujumbura: cerca de 3,8 milhões de pessoas devem registrar sufrágio
 (REUTERS/Jean Pierre Harerimana)

Homem prestes a votar na eleição parlamentar do Burundi, em Bujumbura: cerca de 3,8 milhões de pessoas devem registrar sufrágio (REUTERS/Jean Pierre Harerimana)

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Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2015 às 11h54.

Bujumbura - Eleições parlamentares no Burundi ocorrem nesta segunda-feira depois de uma noite de tiros e explosões de granadas na capital, Bujumbura, em meio a protestos contra o presidente, Pierre Nkurunziza.

Nas primeiras horas da manhã, os moradores ouviram pelo menos uma granada explodir no bairro de Musaga, uma área que tem sido o local de meses de protestos por aqueles que pedem a renúncia do presidente.

A polícia disse que pelo menos 15 granadas tinham sido estouradas na cidade e seis policiais foram feridos.

Dois locais de votação na capital foram atacados, disse o porta-voz do presidente, Willy Nyamitwe. Cerca de 3,8 milhões de pessoas devem votar.

Burundi tem sido abalado pela violência e incerteza desde que o presidente disse em abril que iria concorrer a um terceiro mandato apesar do limite de dois mandatos explícito na Constituição.

Nkurunziza diz que ele pode ser eleito novamente porque os legisladores - não a população em geral - o elegeu para seu primeiro mandato.

Sua decisão gerou dois meses de protestos contra o governo na capital, levando quase 127 mil pessoas a fugirem do país e uma tentativa de golpe.

Os partidos de oposição boicotaram a votação desta segunda-feira, dizendo que será manipulada e que a campanha foi impossível de ser feita por causa dos tumultos.

Muitas pessoas de fora estão olhando para votação de hoje atentas à espera das eleições presidenciais, que ocorrem no dia 15 de julho.

Ambos as eleições foram atrasadas por causa da violência, mas o governo diz que se aguardar mais tempo irá violar as regras constitucionais do período de transição do poder. Fonte: Dow Jones Newswires.

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