Donald Trump, ex-presidente dos EUA (Gregory Walton/AFP Photo)
Agência de notícias
Publicado em 26 de janeiro de 2024 às 14h53.
Última atualização em 26 de janeiro de 2024 às 14h58.
O líder republicano Donald Trump saiu furioso do tribunal de Nova York nesta sexta-feira, 26, onde os argumentos finais foram ouvidos no julgamento por difamação movido pela escritora E. Jean Carroll, que o acusa de arruinar sua reputação.
O ex-presidente (2017-2021) abandonou a sala quando a Promotoria apresentou seus argumentos neste caso que Trump considera parte da conspiração do Partido Democrata para impedir seu retorno à Casa Branca, se vencer as eleições de novembro.
Carroll, uma escritora e jornalista de 80 anos, exige US$ 10 milhões (R$ 49,2 milhões na cotação atual) ao republicano por danos à sua reputação após declarações feitas em 2019 pelo ex-presidente, depois que ela publicou um livro e um artigo em que afirmava que o magnata a estuprou em uma loja de departamentos na década de 1990.
Trump, que costuma chamá-la de "louca" ou "doente", afirmou então que a jornalista "não fazia seu tipo" e que ela inventou o estupro para "vender seu novo livro".
"Isso destruiu a minha reputação", disse a escritora no julgamento.
Após os argumentos finais, o júri iniciará as deliberações para determinar se houve difamação e estabelecer, nesse caso, o valor que deverá ser pago à escritora.
Em maio do ano passado, outro júri considerou o republicano culpado de agressão sexual e difamação, pelas quais foi condenado a pagar US$ 5 milhões (R$ 24,6 milhões na cotação atual) a Carroll, embora o magnata tenha recorrido da decisão.
Confrontado com a insistência em comparecer ao tribunal para se defender, Trump conseguiu finalmente fazê-lo na quinta-feira, mas o juiz de instrução Lewis Kaplan limitou sua declaração a três perguntas, às quais teve de responder sim ou não.
"Ela diz algo que considero falso", começou Trump, antes que Kaplan o interrompesse. "Isso não é os Estados Unidos", gritou o bilionário ao sair do tribunal, visivelmente irritado.