Zuckerberg chegou a suspender as contas de Trump dos serviços da Meta, como Facebook e Instagram (Twitter/Reprodução)
Repórter colaborador
Publicado em 11 de julho de 2024 às 07h24.
Última atualização em 11 de julho de 2024 às 11h07.
Escrevendo em sua plataforma de mídia social Truth, na terça-feira, Donald Trump disse que “fraudadores eleitorais” seriam presos se ele fosse eleito em novembro. Na postagem, ele fez uma referência a Mark Zuckerberg, CEO da Meta.
"Eles não têm vergonha! Tudo o que posso dizer é que se eu for eleito presidente, perseguiremos os fraudadores eleitorais em níveis nunca vistos antes, e eles serão enviados para a prisão por um longo período de tempo", disse Trump. "Já sabemos quem você é. NÃO FAÇA ISSO! ZUCKERBUCKS, tome cuidado!".
Trump fez a ameaça em uma postagem sobre a proposta de lei chamada Save Act, que prevê mais provas de cidadania para votar nas eleições federais.
"Zuckerbucks" é o apelido que republicanos deram ao dinheiro doado por empresários como Zuckerberg a iniciativas para fortalecer a integridade do sistema eleitoral.
A "troca de gentilezas" entre Trump e Zuckerberg não é de hoje. Numa postagem também na Truth Social, dessa vez em fevereiro de 2023, o republicano acusou o fundador do Facebook de fraudar as eleições, vinculando a uma reportagem da Fox News que dizia que a doação de US$ 2 milhões de Zuckerberg a um conselho eleitoral da Geórgia estava sendo investigada.
"Por que ele não está sendo processado?" ele disse na época. "Os democratas só sabem trapacear. A América não vai aguentar muito mais!". Não há evidências de que as doações anteriores de Zuckerberg tenham sido partidárias.
Já em junho de 2020, Zuckerberg disse estar “profundamente abalado e enojado com a retórica incendiária do presidente Trump” depois que o Facebook foi criticado por permitir que o então presidente fizesse comentários violentos na plataforma.
Trump foi finalmente proibido de usar o Facebook após o 6 de janeiro, quando violentos apoiadores do então presidente invadiram o Capitólio tentando impedir a posse de Joe Biden.
Em comunicado na época, Zuckerberg disse que a empresa acreditava que “os riscos de permitir que o presidente continue a usar nosso serviço durante este período são simplesmente grandes demais”. A proibição foi suspensa em janeiro de 2023.