A junta eleitoral da Geórgia, um dos estados-pêndulo nas eleições americanas, aprovou diversas normas a poucas semanas das eleições presidenciais de 5 de novembro, que geraram preocupação (AFP)
Agência de notícias
Publicado em 16 de outubro de 2024 às 07h10.
Última atualização em 16 de outubro de 2024 às 07h17.
Um juiz da Geórgia, um dos estados-pêndulo que pode definir as eleições nos Estados Unidos, bloqueou na terça-feira, 15, uma norma que exigia a contagem manual dos votos por parte dos funcionários eleitorais, uma medida que poderia atrasar a divulgação dos resultados.
A decisão do juiz Robert McBurney, do Tribunal Superior do condado de Fulton, afirma que a nova regra afetaria o processo eleitoral a poucas semanas das eleições presidenciais de 5 de novembro.
"Qualquer coisa que acrescente incerteza e desordem ao processo eleitoral prejudica os cidadãos", destacou McBurney.
A junta eleitoral da Geórgia, liderada por uma maioria pró-Trump, emitiu em setembro a polêmica medida que exige a contagem manual dos votos nos condados.
As autoridades da Geórgia afirmaram que a medida era supérflua, pois existem máquinas que fazem a contagem, e também poderia semear dúvidas ao atrasar o processo e abrir espaço para desinformação.
O ex-presidente Donald Trump enfrenta acusações na justiça por seus esforços para tentar reverter os resultados das eleições de 2020 na Geórgia, que deram a vitória ao presidente Joe Biden.
Agora, Trump disputa a presidência contra a atual vice-presidente, a democrata Kamala Harris.
Em outra decisão, o mesmo juiz determinou na segunda-feira que os membros da junta eleitoral local devem certificar os resultados, uma medida que pode afetar a próxima disputa presidencial.
A decisão de McBurney acontece após um membro republicano da junta eleitoral no condado de Fulton, que inclui grande parte de Atlanta, ter se recusado no início do ano a certificar os resultados das primárias presidenciais da Geórgia.