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Eleições na República Democrática do Congo entram no 2º dia com problemas em locais de votação

Quase 44 milhões de pessoas estão registradas para votar no país de 100 milhões de habitantes

Congo: O empobrecido país da região central da África vota para definir o presidente e os parlamentares, nacionais e provinciais, além de vereadores locais

Congo: O empobrecido país da região central da África vota para definir o presidente e os parlamentares, nacionais e provinciais, além de vereadores locais

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 21 de dezembro de 2023 às 10h54.

A República Democrática do Congo (RDC) entrou nesta quinta-feira, 21, no segundo dia das eleições gerais, um pleito afetado por graves problemas logísticos e no qual alguns locais de votação nem chegaram a abrir as portas.

O empobrecido país da região central da África vota para definir o presidente e os parlamentares, nacionais e provinciais, além de vereadores locais, nas eleições de turno único, que começaram na quarta-feira.

Quase 44 milhões de pessoas estão registradas para votar no país de 100 milhões de habitantes.

O presidente Félix Tshisekedi, de 60 anos, no poder desde 2019, aspira um segundo mandato contra outros 18 candidatos.

O processo foi marcado por grandes atrasos em todo país: a Comissão Eleitoral não conseguiu enviar o material no tempo adequado para todos os centros de votação antes do horário marcado para o início da votação.

Em alguns casos, as seções de votação nem chegaram a abrir e muitas pessoas não conseguiram depositar as cédulas nas urnas.

Denis Kadima, presidente da Comissão Eleitoral, anunciou na quarta-feira à noite que será possível votar nesta quinta-feira nos locais que não conseguiram abrir as portas no dia da eleição.

Os detalhes da extensão do horário de votação, no entanto, são confusos e não está claro quantas regiões do país estão contempladas.

Kadima declarou à imprensa "não menos de 70%" dos eleitores conseguiram exercer o direito de voto, mas destacou que o número é uma estimativa.

Os principais líderes da oposição, incluindo o ginecologista Denis Mukwege (68 anos), Nobel da Paz em 2018, e o ex-executivo do setor de petróleo Martin Fayulu (67 anos), denunciaram irregularidades e rejeitaram a extensão do prazo de votação, alegando que é ilegal. Eles pediram a convocação de novas eleições.

Insegurança

A votação também foi afetada pela insegurança na região leste do país, cenário de ações da rebelião do M23, apoiada por Ruanda.

Nos últimos dias, os combates registraram queda, mas os rebeldes ocupam amplas faixas territoriais na província de Kivu do Norte. Nesta região, os eleitores não conseguiram votar.

A República Democrática do Congo é um dos países mais pobres do mundo, apesar das grandes reservas de cobre, cobalto e ouro.

Os primeiros resultados devem ser divulgados até 31 de dezembro e os resultados definitivos em 10 de janeiro.

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