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Eleições na África do Sul serão em maio

Congresso Nacional Africano, o partido governista, deve seguir no poder


	Presidente da África do Sul, Jacob Zuma: político, e o seu partido, provavelmente deve conquistar facilmente mais um mandato após duas décadas no poder
 (Siphiwe Sibeko/Reuters)

Presidente da África do Sul, Jacob Zuma: político, e o seu partido, provavelmente deve conquistar facilmente mais um mandato após duas décadas no poder (Siphiwe Sibeko/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de fevereiro de 2014 às 19h55.

Johanesburgo - A África do Sul vai às urnas em 7 de maio, anunciou nesta sexta-feira o presidente Jacob Zuma, e o seu partido, o Congresso Nacional Africano (CNA), provavelmente deve conquistar facilmente mais um mandato após duas décadas no poder, apesar do crescente descontentamento entre partidários afetados pela pobreza.

O próprio Zuma perdeu popularidade por causa de acusações de uso de dinheiro público para fins particulares. Além disso, o anúncio da data da eleição surge num momento em que se alastram violentas manifestações nas townships - os subúrbios miseráveis habitados pelos negros - contra a má qualidade dos serviços públicos.

O CNA, que comandou a luta contra o apartheid, deve reter a lealdade da geração mais velha, que ainda guarda na lembrança o sistema racista que discriminava os não brancos. Com isso, o partido governista deve vencer com uma maioria confortável, o que garantirá a Zuma mais cinco anos na Presidência.

Mas o CNA, no poder desde o fim do regime da minoria branca, em 1994, é acusado de fracasso nas medidas para retirar milhões de negros da pobreza extrema.

Numa amostra da atmosfera volátil que toma conta de várias townships, centenas de jovens dançaram e cantaram nesta sexta-feira em Hebron, uma localidade 30 quilômetros ao norte da capital, Pretória, destruindo placas de rua, incendiando pneus em barricadas e sujando as ruas com pedras e destroços.

"As pessoas não vão votar no CNA porque elas estão muito revoltadas", disse Jerry Tlou, 26, diante de uma loja de propriedade de paquistaneses em Hebron, a qual tinha acabado de ser saqueada.

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