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Campanha de Trump 'bomba' em arrecadação desde condenação; veja valor

Esse "boom" de doações deve crescer ainda mais depois do atentado que o ex-presidente sofreu na semana passada

Trump conseguiu no segundo trimestre quase tanto dinheiro quanto em toda sua campanha de 2016 (Scott Olson/AFP)

Trump conseguiu no segundo trimestre quase tanto dinheiro quanto em toda sua campanha de 2016 (Scott Olson/AFP)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 17 de julho de 2024 às 06h42.

Última atualização em 17 de julho de 2024 às 07h09.

Grupos alinhados a Donald Trump já conseguiram arrecadar US$ 400 milhões para a sua campanha eleitoral presidencial entre abril e junho – um valor recorde no segundo trimestre que quase corresponde aos montantes angariados durante toda a sua campanha de 2016, de acordo com uma análise do Financial Times.

O número, que provavelmente aumentará à medida que mais comitês de ação política (os Super Pacs) que ajudam a financiar as campanhas apresentarem relatórios neste fim de semana, é três vezes o total do primeiro trimestre e aproximadamente o dobro das suas contribuições do mesmo período das eleições de 2020.

Esse "boom" de doações, que deve crescer ainda mais depois do atentado que o ex-presidente sofreu na semana passada, veio principalmente de pequenos apoiadores que ficaram contrariados com a condenação de Trump no caso da ex-atriz pornô Stormy Daniels, e também multimilionários que entraram em sua campanha após isso.

O herdeiro do setor bancário, Tim Mellon, por exemplo, foi o maior doador identificado de Trump - ele já colaborou com US$ 75 milhões para um Super Pac pró-Trump, incluindo US$ 50 milhões no dia seguinte à condenação do ex-presidente por encobrir um suborno a Daniels antes das eleições de 2016. Ike Perlmutter, ex-presidente da Marvel Entertainment, doou US$ 10 milhões após o veredicto.

Mais de 450 mil doações chegaram a grupos pró-Trump em 31 de maio, um dia depois de ele se tornar o primeiro ex-presidente a ser considerado criminoso. Isso quebrou o recorde anterior de cerca de 85 mil contribuições em um dia depois que sua foto foi tirada na Geórgia, segundo o FT.

Biden, até então, vinha dominando a corrida pelo dinheiro, enquanto Trump usava o dinheiro dos doadores para derrotar os rivais nas primárias republicanas e pagar seus advogados por causa de suas questões na Justiça.

No final de março, os grupos de apoio a Biden tinham angariado um total combinado de US$ 413 milhões em contribuições; os grupos pró-Trump tinham recebido US$ 326 milhões em contribuições.

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