Joe Biden e Donald Trump, durante debate nas eleições de 2020 (Jim Bourg/Reuters)
Repórter de macroeconomia
Publicado em 29 de dezembro de 2023 às 06h04.
Última atualização em 15 de março de 2024 às 10h30.
Os Estados Unidos elegem um novo presidente em 5 de novembro de 2024. Antes disso, há um processo para definir os candidatos de cada partido, as primárias, que tiveram um desfecho mais rápido neste ano.
Donald Trump e Joe Biden conquistaram delegados suficientes para obter as nomeações partidárias após as votações de 12 de março. Eles ainda dependem das confirmações das convenções partidárias, a serem realizadas e julho e agosto.
Do lado democrata, o presidente Joe Biden busca a reeleição. Ao menos desde os anos 1950, todos os presidentes que estavam no cargo e podiam disputar a reeleição conseguiram a indicação para concorrer.
O atual presidente dos EUA assumiu o cargo em 2021, após uma carreira política de mais de quatro décadas. Ele foi eleito senador em 1973 e ficou no cargo até 2009. Em 2008, ele foi eleito vice-presidente, na chapa de Barack Obama, e ocupou o cargo por dois mandatos. Nas eleições de 2020, derrotou Donald Trump e se tornou o presidente mais velho a assumir o cargo, com 78 anos. Se vencer a reeleição, terá 82 na data da nova posse.
Na oposição, o ex-presidente Donald Trump, mostrou ter domínio quase completos sobre os republicanos. No entanto, enfrenta dezenas de processos na Justiça.
Trump perdeu a reeleição em 2020, mas se recusou a reconhecer a derrota. Ele é julgado por suas tentativas de reverter o resultado à força, com ações como pressionar funcionários a mudar contagem de votos e incitar apoiadores a invadir o Congresso dos EUA. O ex-presidente corre risco de ser considerado inelegível por ter se envolvido na invasão. Colorado e Maine tentaram barrar Trump de disputar a eleição naqueles estados, mas a Suprema Corte liberou sua participação no pleito.
Donald Trump: ex-presidente durante comício em Waterloo, Iowa, em 19 de dezembro
Cornel West
Ex-professor de universidades como Yale, Princeton e Harvard, é um ativista progressista, que foi um forte crítico do governo de Barack Obama.
Jill Stein
Doutora em física, concorreu à Presidência em 2012 e 2016 pelo Partido Verde. Defende que os americanos tenham direito garantido a emprego, saúde pública, moradia e educação.
Robert F. Kennedy Jr.
Filho de Robert Kennedy, procurador-geral dos EUA assassinado durante a campanha presidencial de 1968, e sobrinho do ex-presidente John Kennedy. É um ativista anti-vacina, que lançou a candidatura no Partido Democrata mas, em outubro, decidiu que disputaria como independente.
Democratas:
Marianne Williamson
Conhecida por seu trabalho como escritora, publicou 13 livros, sobre temas como auto-ajuda e espiritualidade. Era convidada frequente do programa de Oprah Winfrey, e chegou a ser conhecida como sua conselheira espiritual. Disputou as primárias presidenciais em 2020, mas desistiu no começo da corrida e endossou a candidatura de Bernie Sanders.
Dean Phillips
Deputado por Minnesota, integra a ala moderada do partido e questiona a idade de Biden para disputar a reeleição. É herdeiro de uma fabricante de bebidas. Soma 3,8% nas pesquisas.
Republicanos:
Nikki Haley
Foi embaixadora dos EUA na ONU no governo Trump e governadora da Carolina do Sul de 2011 a 2017. Filha de imigrantes indianos, defende a renovação na política e aumentar a proteção das fronteiras. Foi a última candidata na disputa com o ex-presidente, mas desistiu após a Super Terça, quando venceu apenas um de 15 estados em disputa.
Asa Hutchinson
Governou o Arkansas de 2015 a 2023 e teve cargos no governo de George W. Bush, como o de diretor do DEA, o departamento americano de combate às drogas.
Ron DeSantis
Governador da Flórida desde 2019, atraiu atenção ao defender medidas conservadoras e polêmicas, como restringir o acesso a livros com temáticas LGBT em escolas. Durante a pandemia, manteve a Florida sem restrições de circulação e, com uma política de impostos mais baixos, atraiu mais empresas e moradores para o estado. No entanto, perdeu força nas pesquisas ao longo de 2023 e agora vê a segunda posição ameaçada. Ele chegou a ter 35% de intenção de votos entre os republicanos mas, na primeira rodada das primárias, em Iowa, teve 21% dos votos. Após desistir, endossou Trump.
Vivek Ramaswamy
Filho de indianos e bilionário, fez fortuna com uma empresa de biotecnologia e outros negócios. Nos últimos anos, ficou conhecido ao criticar ações sociais e de inclusão das empresas. Ganhou destaque em 2023 ao participar de debates republicanos, mas o impulso não foi consistente. Deu apoio a Trump.
Ryan Binkley
Criou duas instituições: a Generational Group, uma consultoria especializada em fusões e aquisições aberta em 2005 e que ele ainda preside, e a igreja Create, de 2014, da qual é pastor e líder.
Republicanos que desistiram antes das primárias: