(Brian Snyder/Brandon Bell/Reuters)
Gilson Garrett Jr
Publicado em 4 de novembro de 2020 às 07h59.
Última atualização em 4 de novembro de 2020 às 09h15.
Em uma das eleições mais apertadas da história dos Estados Unidos, há sim a possibilidade de terminar em empate, com Donald Trump e Joe Biden alcançando 269 delegados, do total de 538.
Isso não é tão difícil de acontecer porque em dois estados, no Maine e no Nebraska, a votação é proporcional e quem vence não leva todos os delegados, facilitando uma indefinição.
Em uma situação com Trump ganhando Flórida, Geórgia, Iowa, Carolina do Norte e Ohio junto com a Pensilvânia, segundo distrito congressional de Maine e segundo distrito congressional de Nebraska, ambos os candidatos terão 269 votos eleitorais.
Neste caso, a Câmara dos Deputados, eleita na terça-feira, 3, escolheria o presidente. Na eleição, cada um dos 50 estados teria um voto. Aquele que tiver maioria de pelo menos 26, vence.
Trump provavelmente tem uma vantagem em um empate, já que os republicanos controlam mais delegações estaduais no Congresso.
O vice-presidente seria eleito pelo Senado, entre os dois candidatos com maior número de votos. Cada senador - do total de 100 - teria um voto e o vencedor precisaria de 51.
Apesar da virada de Biden no Wisconsin por ora, os democratas ainda observam com atenção os estados vizinhos do Michigan e da Pensilvânia, todos partes do Meio-Oeste americano e essenciais na disputa presidencial.
Em ambos, a contagem está menos avançada do que no Wisconsin. Foram contados 77% dos votos no Michigan (onde Trump lidera com 52% a 46,3%) e 74% na Pensilvânia (55,7% para Trump contra 43%).
A apuração nesses três estados deve seguir ao longo das próximas horas desta quarta-feira, com os votos pelo correio sendo contabilizados. A expectativa da campanha de Biden é que o democrata ultrapasse Trump quando os demais votos forem contados. Sobretudo a Pensilvânia é vista como o estado que vai definir esta eleição.