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Eleição do Paraguai é alvo de relatos sobre irregularidades

Segundo observador brasileiro, há denúncias de compra de votos e irregularidades envolvendo a Justiça Eleitoral


	O ex-presidente Lugo:o Paraguai foi suspenso do Mercosul e da Unasul, em junho de 2012, após a destituição do poder do então presidente Fernando Lugo
 (Norberto Duarte/AFP)

O ex-presidente Lugo:o Paraguai foi suspenso do Mercosul e da Unasul, em junho de 2012, após a destituição do poder do então presidente Fernando Lugo (Norberto Duarte/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2013 às 11h53.

Brasília - Às vésperas das eleições presidenciais no Paraguai, o deputado estadual de Santa Catarina Luiz Eduardo Cherem (PSDB), que faz parte da missão brasileira de observadores no país, acompanha de perto os movimentos dos candidatos e o clima eleitoral na região.

Há dois dias em Assunção, capital paraguaia, Dado Cherem, como é conhecido, disse à Agência Brasil que observa com preocupação alguns relatos. Segundo ele, há denúncias de compra de votos e irregularidades envolvendo a Justiça Eleitoral.

O deputado disse ter recebido denúncias sobre venda de votos, promoção de debates sem a inclusão dos 11 candidatos que disputam a Presidência da República e a participação de integrantes do Tribunal Superior da Justiça Eleitoral (TSJE) em partidos políticos, inclusive com filiação partidária. “Tento ouvir todos os lados, mas não me posiciono”, disse ele. “Estou atento para não me contaminar.”

As eleições no Paraguai ocorrem no domingo (21). A Justiça Eleitoral diz que 3,5 milhões de eleitores estão aptos a votar. Dado Cherem relata que há o envolvimento intenso dos candidatos e simpatizantes na campanha eleitoral. Ontem (18), por exemplo, ele disse ter ouvido carros de som por volta das 6h.

O Paraguai foi suspenso do Mercosul e da União de Nações Latino-Americanas (Unasul), em junho de 2012, após a destituição do poder do então presidente Fernando Lugo. A suspensão foi definida porque os líderes concluíram que o processo de impeachment de Lugo não seguiu os preceitos legais. A expectativa dos paraguaios é que uma avaliação sobre a situação no país ocorra entre o final de abril – após as eleições – e agosto – depois da posse do presidente eleito.

A missão de observadores brasileiros reúne dois ministros de tribunais superiores – José Antonio Dias Toffoli, que também pertence ao Supremo Tribunal Federal (STF), e Tarcísio Costa – e dois embaixadores João Luiz Pereira Pinto e Guilherme Patriota.

Do Parlamento do Mercosul há os senadores Roberto Requião (PMDB-PR) e Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) e os deputados federal José Stédile (PSB-RS) e Renato Molling (PP-RS). O vereador Cesar Maia (DEM-RJ) foi credenciado pela Justiça Eleitoral do Paraguai como observador internacional e Cherem faz parte da Confederação Parlamentar das Américas.

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