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Ele virou chefe de estado aos 31 anos. Aos 35, sai acusado de corrupção

Chanceler da Áustria e líder de partido conservador, Sebastian Kurz é acusado de utilizar dinheiro público para manipular pesquisas de opinião e cobertura da imprensa

Sebastian Kurz, chanceler da Áustria, renuncia neste sábado, 9 de outubro, em meio a investigações de corrupção (Lisi Niesner/Reuters)

Sebastian Kurz, chanceler da Áustria, renuncia neste sábado, 9 de outubro, em meio a investigações de corrupção (Lisi Niesner/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2021 às 16h04.

O chanceler da Áustria, Sebastian Kurz, renunciou ao cargo neste sábado em meio a acusações de corrupção em seu governo e a pressões de políticos e da opinião pública. Ele negou que tenha praticado atos ilícitos e disse que as acusações não têm base.

Kurz e outras nove pessoas estão sob investigação de uso de dinheiro público para fins partidários, o que é proibido.

O então chanceler deu declarações neste sábado em Viena e sugeriu que o atual ministro das Relações Exteriores, Alexander Schallenberg, seja o seu substituto. Kurz disse que vai continuar como líder do ÖVP People's Party, da ala conservadora da política austríaca.

Ele lidera o partido desde 2017 e foi um dos responsáveis pela vitória da sigla nas eleições gerais do mesmo ano, o que o fez se tornar um dos mais jovens chefes de estado do mundo eleito democraticamente, com apenas 31 anos. Agora, com 35 anos, deixa o cargo.

As acusações são relacionadas ao período entre 2016 e 2018, quando verbas do Ministério das Finanças teriam sido utilizadas indevidamente para subornar pessoas e manipular os resultados de pesquisas de opinião e a cobertura da imprensa sobre o seu governo, segundo a procuradoria responsável pelo caso.

Na última quarta, dia 7, escritórios de Kurz e do seu partido foram alvo de operação de busca por autoridades da Justiça austríaca relacionada às suspeitas de corrupção.

(Com agências de notícias)

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