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El Niño pode se transformar em um dos mais fortes em 65 anos

A probabilidade de que as temperaturas da superfície da água nas partes central e oriental do Pacífico tropical aumentem 2 graus acima do normal explica essa previsão


	Ondas causadas pelo fenômeno do El Niño: situação "pode fazer com que se transforme em um dos quatro episódios mais fortes do El Niño desde 1950"
 (Jon Sullivan/Wikimedia Commons)

Ondas causadas pelo fenômeno do El Niño: situação "pode fazer com que se transforme em um dos quatro episódios mais fortes do El Niño desde 1950" (Jon Sullivan/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2015 às 11h03.

Genebra - O atual fenômeno do El Niño pode se transformar em um dos quatro mais fortes registrados nos últimos 65 anos, disseram nesta terça-feira especialistas da Organização Meteorológica Mundial (OMM).

A probabilidade de que as temperaturas da superfície da água nas partes central e oriental do Pacífico tropical - adjacentes ao litoral da América Central e América do Sul - aumentem 2 graus - ou mais - acima do normal explica essa previsão.

As temperaturas em agosto estiveram entre 1,3 e 2 graus centígrados acima da média, superando em um grau os umbrais frequentes do El Niño.

Essa situação "pode fazer com que se transforme em um dos quatro episódios mais fortes do El Niño desde 1950", após os registrados nos períodos 1972/1973, 1982/1983 e 1997/1988, indicou a OMM, uma agência científica das Nações Unidas e autoridade na matéria.

A entidade antecipou que é altamente provável que o El Niño se intensifique no final do ano.

"Historicamente, é provável que um episódio do El Niño alcance sua fase máxima entre outubro e janeiro do ano seguinte, e é frequente que persista até o primeiro trimestre antes de começar a se debilitar", explicou o organismo.

Mais da metade dos modelos de prognóstico indicam que as temperaturas superficiais do mar alcançarão ou excederão os 2 graus acima da média entre outubro e dezembro.

Modelos mais conservadores apontam que esse aumento será de entre 1,5 e 2 graus.

Os efeitos do episódio climático já pode ser sentidos em algumas regiões do mundo e serão mais patentes, pelo menos, durante os próximos quatro a oito meses, sustentou o chefe da Divisão de Serviços e Aplicações do Clima Mundial, Rupa Kumar Kolli.

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