El Chapo: ele está acusado de 17 delitos como líder do cartel de Sinaloa, entre eles tráfico de drogas, uso ilegal de armas e lavagem de dinheiro (./Reuters)
EFE
Publicado em 4 de agosto de 2017 às 13h13.
Nova York - O narcotraficante Joaquín "El Chapo" Guzmán, detido nos Estados Unidos à espera de julgamento, solicitou a um juiz de Nova York que despreze as acusações contra ele por considerar que foi extraditado de forma ilegal do México.
Em um documento com data de 3 de agosto, os advogados de Guzmán questionam o processo de extradição, uma vez que, a princípio, as autoridades mexicanas tinham dado sinal verde apenas à sua transferência à Califórnia ou ao Texas, dois dos estados onde era procurado.
Guzmán, no entanto, terminou em Nova York, para ser julgado perante uma corte federal do distrito do Brooklyn.
A defesa de "El Chapo" destaca que o México autorizou sua transferência a Nova York no mesmo dia em que o criminoso foi extraditado, no último dia 19 de janeiro, e põe em dúvida que todo esse processo pudesse ser completado em apenas algumas horas.
Os advogados argumentam que o procedimento violou o tratado de extradição entre EUA e México e pedem que sejam desprezadas as acusações contra "El Chapo" em Nova York.
O documento, de 32 páginas, inclui ainda outros argumentos contra os passos dados pela Justiça americana e é a primeira tentativa legal de Guzmán para frear um processo que pode terminar em prisão perpétua.
"El Chapo" está acusado de 17 delitos como líder do cartel de Sinaloa, entre eles tráfico de drogas, uso ilegal de armas e lavagem de dinheiro.
Guzmán se declarou inocente e está preso em uma prisão de Nova York rodeado por grandes medidas de segurança, após suas duas fugas de prisões mexicanas.
A expectativa é que seu julgamento comece no Brooklyn em abril do ano que vem e, mesmo se o juiz lhe der razão quanto à extradição e frear o processo, a priori poderia ser julgado em outro dos estados onde era procurado.