Atentado: de acordo com o Observatório e a televisão oficial síria, pelo menos 31 pessoas morreram no atentado (Rodi Said/Reuters)
Da Redação
Publicado em 4 de outubro de 2016 às 09h18.
Beirute - O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) reivindicou o atentado de segunda-feira contra um casamento no nordeste da Síria, no qual morreram 31 pessoas e 80 ficaram feridas, segundo a última apuração de Observatório Sírio de Direitos Humanos.
Em comunicado publicado no Telegram, cuja autenticidade não pôde ser comprovada, o EI explicou que um suicida com armas leves e um colete com explosivos se infiltrou em "um grupo de apóstatas do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão) nos arredores da cidade de Al Baraka" e detonou a bomba que levava em cima.
Al Baraka é a denominação que o EI, que marcou suas próprias divisões territoriais na Síria e Iraque, deu à cidade de Al Hasaka, no nordeste sírio.
Normalmente em suas notas os extremistas tacham todos os curdos na Síria de serem membros dessa guerrilha separatista curdo-turca.
Os radicais afirmaram em seu texto que mais de 40 pessoas perderam a vida e mais de cem ficaram feridas, entre elas dirigentes e responsáveis curdos.
De acordo com os números do Observatório e da televisão oficial síria, pelo menos 31 pessoas morreram no atentado, que aconteceu no salão de casamento "Sanabil", na população de Tel Tauil, no arredor de Al Hasaka.
A ONG não descartou que essa apuração aumente porque entre os 80 feridos há 16 em estado grave.
Essa zona está sob o controle das Forças da Síria Democrática (FSD), uma aliança armada curdo árabe apoiada pelos EUA.
Não é a primeira vez que o EI atenta na província de Ao Hasaka, já que em 5 de setembro oito pessoas morreram pela explosão de uma motocicleta bomba conduzida por um suicida dos jihadistas em seu capital homônima.